terça-feira, junho 17, 2014

O Mundial de Futebol












Vamos ser sinceros, a Alemanha é uma das equipas favoritas para ganhar o Mundial e hoje, ontem, outro resultado que não fosse a vitória sobre a nossa equipa, estava fora das minhas cogitações.

Fôssemos nós mais realistas e até podíamos ter poupado o Ronaldo para os próximos jogos, porque nem sempre ele pode levar a equipa às costas como aconteceu no jogo de apuramento para este Mundial na Suécia, e ele anda agora diminuído fisicamente. Mas o seleccionador quis ganhar à Alemanha, o que lhe fica bem em termos de arreganho, mas foi errado.

Não, a derrota era perfeitamente previsível e só o aleatório do futebol é que faz com que por vezes sonhemos. Há um potencial físico, técnico e táctico da parte dos jogadores alemães no seu conjunto que, à partida e em teoria, nos derrotam. Desta vez, foi na teoria e na prática.

O que me custou, portanto, foi ver naquele jogo de futebol o espelho do meu país: frágil, débil, indisciplinado, pouco aplicado, vergado a uma Alemanha, - tinha que ser a ela... -  competente, segura de si, quase complacente com um parceiro menor, tudo como na realidade, como na vida e à frente de todo o mundo, para toda a gente ver.

Eu até julgo que valemos mais do que aquilo... quer no futebol e como país e por isso, aqueles meninos ricos e mimados, rodeados de privilégios e atenções, que saem dos autocarros de luxo com fones nos ouvidos para não comunicarem com o mundo dos humanos mas que não sabem controlar, dentro das  quatro linhas, os seus sentimentos de raiva, frustração e má educação – se é que isso ainda existe... – prestaram um mau serviço ao país que os andou a adular.

Vou esquecê-los... - apenas me quero recordar do jogo de apuramento com a Suécia, e reviver aquele sentimento de orgulho nacional vendo os suecos abandonarem o estádio antes do fim do jogo vergados aos extraordinários golos do Cristiano.

Por que é não acabou tudo aí?... – Sei lá, inventávamos uma desculpa, por exemplo que não tínhamos dinheiro para as viagens, ou com a troika que não nos deixou..., e ficávamos aqui sossegadinhos, sem stresses, sem passar por estas coisas... a ver a Merkel, - ela, sempre ela! - a aplaudir a sua equipa, 4 vezes!

A última coisa de que agora precisamos é de humilhações que nada têm a ver com o perder. Têm a ver com aquela exibição e aqueles comportamentos...

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