segunda-feira, julho 14, 2014

O relógio que ele usa é, estranhamente, um Rolex...
Abu Bakr

al-Baghadi











Este senhor que ostenta no pulso um relógio Rolex é Abu Bakr al- Baghadi e apresentou-se como Califa pretendendo ser o líder de todos os muçulmanos e lutar até à conquista de Roma que é como quem diz... do mundo.

Em jovem, parece ter nascido em 1971, mostrava muito jeito para o futebol e lá no bairro até lhe chamavam “o nosso Messi”. Era calado e reservado de pensamento muito conservador e fundamentalista na forma como encarava o exercício do Islão.

Uma vez, conta com quem ele conviveu, ia na rua e dentro de um armazém viu homens e mulheres que festejavam um casamento dançando e cantando alegremente. Irrompeu contra as pessoas gritando “como é possível homens e mulheres divertirem-se desta maneira? Isto não é religioso”... e a festa acabou logo ali.

Ao contrário de Osama Bin Laden não dá entrevistas nem grava vídeos e ainda não conseguiu ser o cérebro de um ataque destruidor com o impacto das Torres Gémeas em Nova Iorque mas a escola está lá toda e os processos são os mesmos senão piores: ataques suicidas, raptos, vergastadas, decapitações, crucificações e execuções sumárias.

Desafiou a Al-Qaeda o que lhe deu muito prestígio entre os combatentes mais extremistas e hoje chefia a EIIL – Estado Islâmico do Iraque e Levante – que terá ultrapassado pela direita aquele Movimento.

O que é que, afinal, existe na herança do profeta Maomé que está na origem destes movimentos que se afirmam pela violência, terror e desprezo pela vida?

Lembro-me que o Papa Bento XVI, que está em reclusão, ter afirmado, ainda não era Papa, numa cerimónia para que foi convidado numa Universidade, que a religião Islamita continha na sua génese a violência e a guerra.

Mais tarde, eleito Papa, estas afirmações politicamente incorrectas no relacionamento inter-religiões, levaram-no a pedir desculpas mas que elas correspondiam ao seu verdadeiro pensamento não tenho dúvidas.

Historicamente, Maomé, envolveu-se numa guerra entre Meca e Medina, oponentes e seguidores seus, que lhe foi bem sucedida e a organização militar criada para alcançar essas vitórias serviu-lhe para unir pela força das armas todos os povos da Arábia sob o signo de uma nova religião, o Islão.

Por essa altura, quem não se convertesse à nova religião nas cidades que ele ia conquistando era passado pelas armas e ponto final. Não havia tempo para pregações e conversões como na religião católica mas penso que, no fundo e na prática, talvez não houvesse uma grande diferença.

Parece que Abu Bakr al Baghadi e seus seguidores serão uns dez mil combatentes, todos seleccionados, por certo, entre os mais cruéis, e para já disputam o poder em Bagdade.

Os grupos rivais olham para eles como “aliados” para derrotarem e afastarem o 1º Ministro do Iraque Nouri al- Maliki. Mais tarde tratarão deles...


Esta é a belo legado de George Bush com a sua estúpida intervenção militar no Iraque e estas foram as “armas de destruição maciça” que lá deixou em incubação e despertam agora para assombrar as vidas das desgraçadas pessoas que são as suas vítimas.

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