O relógio que ele usa é, estranhamente, um Rolex... |
Abu Bakr
al-Baghadi
Este senhor que ostenta no pulso um relógio
Rolex é Abu Bakr al- Baghadi e apresentou-se como Califa pretendendo ser o líder
de todos os muçulmanos e lutar até à conqui sta
de Roma que é como quem diz... do mundo.
Em jovem, parece ter nascido em 1971,
mostrava muito jeito para o futebol e lá no bairro até lhe chamavam “o nosso
Messi”. Era calado e reservado de pensamento muito conservador e
fundamentalista na forma como encarava o exercício do Islão.
Uma vez, conta com quem ele conviveu, ia
na rua e dentro de um armazém viu homens e mulheres que festejavam um casamento
dançando e cantando alegremente. Irrompeu contra as pessoas gritando “como é
possível homens e mulheres divertirem-se desta maneira? Isto não é religioso”...
e a festa acabou logo ali.
Ao contrário de Osama Bin Laden não dá
entrevistas nem grava vídeos e ainda não conseguiu ser o cérebro de um ataque
destruidor com o impacto das Torres Gémeas em Nova Iorque mas a
escola está lá toda e os processos são os mesmos senão piores: ataques
suicidas, raptos, vergastadas, decapitações, crucificações e execuções sumárias.
Desafiou a Al-Qaeda o que lhe deu muito
prestígio entre os combatentes mais extremistas e hoje chefia a EIIL – Estado Islâmico
do Iraque e Levante – que terá ultrapassado pela direita aquele Movimento.
O que é que, afinal, existe na herança
do profeta Maomé que está na origem destes movimentos que se afirmam pela violência,
terror e desprezo pela vida?
Lembro-me que o Papa Bento XVI, que está
em reclusão, ter afirmado, ainda não era Papa, numa cerimónia para que foi
convidado numa Universidade, que a religião Islamita continha na sua génese a
violência e a guerra.
Mais tarde, eleito Papa, estas
afirmações politicamente incorrectas no relacionamento inter-religiões,
levaram-no a pedir desculpas mas que elas correspondiam ao seu verdadeiro
pensamento não tenho dúvidas.
Historicamente, Maomé, envolveu-se numa
guerra entre Meca e Medina, oponentes e seguidores seus, que lhe foi bem
sucedida e a organização militar criada para alcançar essas vitórias serviu-lhe
para unir pela força das armas todos os povos da Arábia sob o signo de uma nova
religião, o Islão.
Por essa altura, quem não se
convertesse à nova religião nas cidades que ele ia conqui stando
era passado pelas armas e ponto final. Não havia tempo para pregações e conversões
como na religião católica mas penso que, no fundo e na prática, talvez não houvesse uma grande
diferença.
Parece que Abu Bakr al Baghadi e seus
seguidores serão uns dez mil combatentes, todos seleccionados, por certo, entre
os mais cruéis, e para já disputam o poder em Bagdade.
Os grupos rivais olham para eles como “aliados”
para derrotarem e afastarem o 1º Ministro do Iraque Nouri al- Maliki. Mais
tarde tratarão deles...
Esta é a belo legado de George Bush com
a sua estúpida intervenção militar no Iraque e estas foram as “armas de
destruição maciça” que lá deixou em incubação e despertam agora para assombrar
as vidas das desgraçadas pessoas que são as suas vítimas.
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