Voltámos à barbárie dos assassinos em massa. |
Hipocrisia
Enquanto os extremistas que iam
destruindo a Síria eram tratados como democratas libertadores, durante meses
tiveram o apoio do Ocidente para destruir e massacrar livremente na Síria.
Mesmo quando estiveram nas imediações de Bagdad ninguém ficou muito preocupado.
Mas quando um inglês cortou o pescoço a um jornalista americano os EUA e a
Europa perceberam o monstro que ajudaram a criar.
Toda a gente sabia que a Síria estava
sendo invadida por hordas de extremistas europeus mas a Europa e os EUA
discutiam a possibilidade de ir em ajuda deles e a questão era saber se as
potências ocidentais iriam ou não bombardear a Síria em apoio dos extremistas
que, como já tinha sucedido no Afeganistão, eram tratados como libertadores.
A diplomacia dos EUA e da EU já
destruiu a Líbia e a Síria, agora está encorajando uma guerra contra a Rússia
na Ucrânia, distribuiu os arsenais da Líbia e do Iraque por grupos
fundamentalistas que já fazem chegar o seu poder militar a países como a
Nigéria e só por um triz não promoveram a destruição do Egipto.
Mas a fome, a morte e o terror que se
espalhou por África não incomodou muito as potências Ocidentais, foi preciso
uma única vítima e um único assassino para que o Ocidente mudasse de posição.
Os milhões de refugiados sírios não pesaram nos sentimentos do Cameron ou do
Obama, as crianças nigerianas raptadas já foram esquecidas, os líbios são
ignorados, foi preciso um americano ser morto por um extremista inglês para que
as boas almas americanas e inglesas acordassem.
De um dia para o outro o Cameron controla as saídas, o Durão Barroso, que como é sabido é um rapaz muito sensível, ficou horrorizado, e o Obama explode de indignação.
Esquecem-se do apoio que deram aos agora seus inimigos, esquecem-se
do massacre que impuseram à Síria, nem repararam que foi um país aliado e
membro da NATO que quase montou um serviço de transporte em executiva para
transportar os jiahdistas britânicos e franceses a entrarem na Síria.
A diplomacia ocidental está lançando
a confusão pelo mundo, promovendo conflitos em todo o lado, em nome da
democracia atiram países inteiros nas mãos de extremistas.
Depois da
globalização comercial o mundo assiste a uma globalização do terrorismo e o
fenómeno só não assume maiores dimensões porque os imbecis da diplomacia dos
países ocidentais ainda não conseguem decidir o que se passa em países como a
Rússia, a Índia, a China ou o Brasil.
A Europa arrisca-se a pagar com
língua de palmo a estratégia cínica de imbecis como Durão Barroso, Cameron
e François Hollande, mais tarde ou mais cedo vamos ter gente a querer
criar os califados do Midi, de Londres, de Marselha ou de Córdova, é apenas uma
questão de tempo.
Lamento muito mas começa a ser difícil verter lágrimas pelas vítimas americanas do cinismo diplomático do Ocidente, os meus olhos ficaram secos com as vítimas nigerianas, malianas, líbias, iraqui anas
e sírias, vítimas que foram ignoradas por uma boa parte dos nossos jornalistas
quando se queriam apresentar os jiahdistas como libertadores, promotores da
democracia e de novas primaveras.
Lamento muito mas começa a ser difícil verter lágrimas pelas vítimas americanas do cinismo diplomático do Ocidente, os meus olhos ficaram secos com as vítimas nigerianas, malianas, líbias, ira
O JUMENTO
Nota - Os dois jornalistas assassinados cruelmente em vídeo mostrado ao mundo talvez, com a sua morte, tenham prestado um grande serviço a todo o mundo civilizado.
Preocupada com índices económicos a Europa não tem política externa.
Os EUA, escaldados das asneiras na guerra do Iraque, não acordam para a realidade das asneiras que fizeram...
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