Juncker - Presidente da Comissão |
A Nova Equi pa
Para a Europa
Schulz - Presidente do Parlamento |
O Presidente do Parlamento Europeu aprovou a nova
Comissão Europeia, a tal dos Comissários, onde está o nosso Carlos Moedas e a
Violeta Bulc que anda sobre brasas, sem aspas.
Sendo assim, o nosso amigo Juncker, o da marca de
esquentadores, do Luxemburgo, aquele pequeno país no centro da Europa que tem
na sua população a maior percentagem de portugueses para além de Portugal, irá no dia 1 de Novembro, substituir o nosso Barroso e
como estamos já muito perto do Natal, promete trazer para pôr no sapatinho de
todos os europeus uma prenda no valor de 300.000 milhões de euros de investimento
o que constitui música celestial para o ouvido dos desempregados,
A Europa continua e continuará mergulhada numa crise
económica e também social porque uma arrasta a outra e esta nova equi pa de parlamentares e comissários europeus com
promessas de prendas desta natureza constituem uma esperança que é sempre o
ponto de partida para se conseguir chegar a qualquer lado.
O nosso português José Manuel Barroso chegou ao fim,
vai-se embora e pelo que diz vai satisfeito pois deixa uma Europa mais forte na
sua organização e capacidade de responder a crises financeiras, mas o seu
substituto, Juncker, também está igualmente satisfeito porque diz ter uma maioria clara
de 400 eurodeputados que lhe vão permitir trabalhar para conseguir baixar o
desemprego que constitui o maior flagelo da Europa.
Estamos, portanto, num mundo de satisfação, dos que
partem e dos que chegam mas, ... não é sempre assim?
Eu sou um cidadão europeu, votei para o seu Parlamento
e continuo a pensar que, com todas as dificuldades a Europa ainda é o melhor
local para se viver, mesmo aqui ,
nesta pontinha da península ibérica onde a “terra acaba e o mar começa” como
dizia o nosso Camões.
Há 70 anos atrás, nos primeiros da minha vida, a
quase totalidade da Europa era uma terra de cidades devastadas, ensombradas de
fantasmas, de pessoas destruídas, a maior parte delas na força da vida, pela
morte que caía do céu sob a forma de bombas ou que saía do cano das armas aqui na terra.
Eu receio que este passado horrível não seja lembrado
por todos aqueles que hoje tomam decisões na Europa, talvez porque não viveram
esses tempos, talvez porque já os esqueceram, talvez porque julguem que eles não
se podem repetir, talvez, talvez... porque a humanidade tem uma tendência irresistível
para repetir os erros do passado.
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