Pode discutir-se o Orçamento em todos e cada um dos seus aspectos, e eles são tantos, mas o grande drama da situação em que nos encontramos consiste na Despesa do Estado que os governos não conseguem baixar, e isto num país que não tem petróleo... apenas o bolso dos cidadãos.
Por isso, a enorme carga de impostos, por isso a dívida soberana das maiores da Europa em percentagem do PIB, 130%, num pequeno país com uma débil e fraca economia, agora em ascensão em alguns sectores de actividade, é justo dizê-lo.
E esta situação é dramática porque uma percentagem esmagadora dos cidadãos depende dos dinheiros do Estado, porque é seu funcionário, pensionista, desempregado com direito a subsídio ou demasiado pobre para poder sobreviver sem apoios.
Esta população imensa está organizada e reclama pela voz dos seus representantes sejam eles dos Sindicatos, Partidos Políticos ou outros. Reclamam, exigem, manifestam-se e vêm para a Televisão fazer-se ouvir ruidosamente.
Como distribuir uma riqueza que não existe senão fazendo crescer a dívida? E como pagar os juros dessa dívida quando esse dinheiro era tão preciso para fazer investimentos que gerassem emprego e riqueza?
A discussão e aprovação do Orçamento do Estado são os momentos, por excelência, para este drama vir ao de cima e os cidadãos mesmo não percebendo nada de orçamentos dão-se
conta que estão metidos numa grande "alhada" que lhes retira o futuro.
O Governo da nossa Europa está na linha de meta para iniciar as suas funções e nós estamos já a antever o embate entre o seu Presidente, aquele senhor que tem nome de marca de esquentador, e um outro, que anda de cadeira de rodas e é ministro das Finanças da Alemanha, o único país que na Europa tem dinheiro e zela por ele ciosamente.
Em Bruxelas, neste momento, reina o silêncio...
Não podemos voltar atrás e reparar erros do passado ditados por uma política europeia que aceitámos como boa e pusemos em prática e à qual juntámos desvarios nossos com os resultados que sabemos para o nosso tecido produtivo.
Nós, portugueses, no intervalo dos momentos de heroísmo, parece que nascemos para cometer erros e o que é estranho e de admirar é que ainda estejamos vivos como país.
"Errar é humano", já lá diziam os romanos mas errar em demasia é mesmo só nosso.
Para não recuar muito, vejam bem: - A nomeação dos professores na Educação, o sistema informático na Justiça, o BES, a PT...
Se fizéssemos um filme de Portugal dos últimos 40 anos intitular-se-ia: "Predestinados para Errar".
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