terça-feira, dezembro 09, 2014

O que é que ele pode fazer?...
O porquê do celibato

sacerdotal









Foi no Concílio de Nicéia, em 325, quando se decidiu que os padres não poderiam ser casados e foi curioso porque uns anos antes desse Concílio, o imperador romano Constantino tinha presenteado os bispos e sacerdotes com muitas terras e muito dinheiro.
De posse dessas terras e dinheiro, sendo casados e morrendo primeiro do que a mulher seria esta e os filhos que herdariam essas fortunas o que representaria um grande prejuízo para a Igreja pelo que haveria de garantir que essas heranças lhe fossem parar às mãos.
A Igreja não se preocupava que os bispos e os padres tivessem mulheres ou tivessem filhos… contanto que não os reconhecessem... e isso é que era o importante. O proibido era isso e esta foi a razão da Lei do Celibato, o dogma veio depois...
As concubinas e os filhos ilegítimos não tinham direito nenhum, não podiam herdar. Protegeu-se o património proibindo o matrimónio e desta forma todos ficaram contentes: a Igreja de posse de verdadeiros latifúndios, os maiores de toda a Europa, os bispos e os padres com as suas mulheres e os seus filhos sem os poderem reconhecer, deixando-os ilegítimos.
Séculos mais tarde, a Igreja de Roma era a maior latifundiária da Europa e o Papa Paulo Terceiro, que teve uns tantos filhos ilegítimos foi ele próprio quem impôs, no Concílio de Trento, definitivamente, o celibato para todos os sacerdotes.
Como se percebe, Jesus da Nazaré, o inspirador desta religião, não teve nada a ver com isto pois no seu tempo todos os homens eram casados incluindo, naturalmente, os seus discípulos.
Os crimes de pedofilia, tão comprometedores para a Igreja, poderiam ter sido um bom argumento para autorizar os padres a constituir família como a forma normal para estar na vida, mas a tanto não se atreve o Papa Francisco refugiando-se nos dogmas da fé tal como para o sacerdócio das mulheres.
A Igreja de Roma vive à sombra da sua estrutura milenar. Os dogmas da fé são os seus alicerces, romper com eles, um que fosse, e o edifício abanava todo. Temos ainda bem presente a tragédia da Sida em África e o uso do preservativo. Não há vidas humanas nem sofrimento, por muito que sejam, que valham um dogma.
Entre a vida dos crentes e o risco da sua própria sobrevivência, a Igreja não hesita.

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