quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Nuvens negras sobre as cabeças...
Nuvens Negras














A Europa debate-se, neste momento, com dois problemas graves por resolver e do seu desfecho depende o agravar de uma crise social que está instalada nos países do Sul da Europa por causa das medidas de austeridade excessivas que provocaram falências, desemprego, movimentos migratórios, desânimo e em muitos casos fome e desespero.

O que acontecer com a Grécia vai ser importante mas as posições parecem ser, no momento, de difícil conciliação.

O Ministro das Finanças alemão, o Sr. Shauber, que parece bastante envelhecido na sua cadeira de rodas, não cede, é intransigente e as suas regras são mais que regras, são leis e não faz passar grandes esperanças de mudar, nem grandes nem pequenas... a bem dizer.

Tsipras e o seu Ministro das Finanças, Varoufakis, promovido entre os alemães, ou será melhor dizer alemãs, a “popstar”, reforçados pelo apoio do seu Parlamento, perguntam como é possível a negociação se nem sequer podem pensar numa saída de ruptura com a Zona Euro e a União Política Europeia e adoptar o Plano B acusando, ao mesmo tempo, a Alemanha de se manter inflexível e querer desmantelar a Europa cujos eleitorados estão atentos e não deixarão de se manifestar nas próximas eleições legislativas dos seus países.

Na fronteira da Ucrânia com a Rússia é a guerra como não se via há muitos anos, esperada depois da anexação da Crimeia, e os líderes dos dois principais países europeus, Alemanha e França, fazem esforços louváveis para manter o problema na via diplomática e não militar mais do que já está.

O Sr. Putin, menino rebelde na sua juventude que chegou a ser detido por vandalismo não quer a guerra mas mente declaradamente quanto à sua intervenção no conflito.

Não quer correr riscos mas não abdica de restaurar a Rússia como potência para ser levada a sério.

É frio, insensível, directo mas hábil e egoísticamente opaco, como refere o ex-embaixador britânico na Rússia que o conheceu bem.

Não será com medidas de castigo sobre a sua economia que o vão vencer porque ele tem o apoio firme do povo russo com uma longa tradição de disciplina e de privações.

Será que as reuniões do Eurogrupo, para a Grécia e a de Minsk para a Ucrânia vão ajudar alguma coisa?

Não há grandes esperanças, nem para uma nem para a outra, mas haverá alguma maneira de resolver os problemas entre os homens que não seja pôr os homens a conversar uns com os outros?

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