Nuvens negras sobre as cabeças... |
Nuvens Negras
A Europa debate-se, neste momento, com dois problemas graves por resolver e do seu desfecho depende o agravar de uma crise social que está instalada nos países do Sul da Europa por causa das medidas de austeridade excessivas que provocaram falências, desemprego, movimentos migratórios, desânimo e em muitos casos fome e desespero.
O que acontecer com
a Grécia vai ser importante mas as posições parecem ser, no momento, de difícil
conciliação.
O Ministro das
Finanças alemão, o Sr. Shauber, que parece bastante envelhecido na sua cadeira
de rodas, não cede, é intransigente e as suas regras são mais que regras, são
leis e não faz passar grandes esperanças de mudar, nem grandes nem pequenas... a
bem dizer.
Tsipras e o seu
Ministro das Finanças, Varoufakis, promovido entre os alemães, ou será melhor
dizer alemãs, a “popstar”, reforçados pelo apoio do seu Parlamento, perguntam
como é possível a negociação se nem sequer podem pensar numa saída de ruptura
com a Zona Euro e a União Política Europeia e adoptar o Plano B acusando, ao
mesmo tempo, a Alemanha de se manter inflexível e querer desmantelar a Europa
cujos eleitorados estão atentos e não deixarão de se manifestar nas próximas
eleições legislativas dos seus países.
Na fronteira da Ucrânia
com a Rússia é a guerra como não se via há muitos anos, esperada depois da
anexação da Crimeia, e os líderes dos dois principais países europeus, Alemanha
e França, fazem esforços louváveis para manter o problema na via diplomática e
não militar mais do que já está.
O Sr. Putin, menino
rebelde na sua juventude que chegou a ser detido por vandalismo não quer a
guerra mas mente declaradamente quanto à sua intervenção no conflito.
Não quer correr
riscos mas não abdica de restaurar a Rússia como potência para ser levada a sério.
É frio, insensível,
directo mas hábil e egoísticamente opaco, como refere o ex-embaixador britânico
na Rússia que o conheceu bem.
Não será com medidas
de castigo sobre a sua economia que o vão vencer porque ele tem o apoio firme do povo russo com uma longa tradição de disciplina e de privações.
Será que as reuniões
do Eurogrupo, para a Grécia e a de Minsk para a Ucrânia vão ajudar alguma
coisa?
Não há grandes
esperanças, nem para uma nem para a outra, mas haverá alguma maneira de
resolver os problemas entre os homens que não seja pôr os homens a conversar
uns com os outros?
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