O ratinho Ut 2598. Como se vê em forma. |
Comparado com a espécie humana, o ratinho UT 2598, com os seus 3 anos, tem 100 e no entanto ele está ali para as curvas, activo, farejando e explorando a sua gaiola como nos velhos tempos da juventude.
O seu fígado, coração, tendões, tudo em excelente estado, enfim, olhando outros ratinhos da sua provecta idade ele parece a Lili Caneças rejuvenescida à custa de operações plásticas.
Todos sabemos a importância dos ratinhos de laboratório na pesquisa de soluções para as doenças humanas e o que faltava agora era ficarmos a dever-lhe também uma velhice prolongada e rejuvenescida a fazer surf e a frequentar até às tantas os locais nocturnos a fazer "olhinhos" às miúdas e a beber "drinkes" para acabar junto às margens do estuário do Tejo ou Douro a inspirar profundamente a brisa marítima purificadora para desanuviar.
Não, não será viver para sempre porque até aí não chega o Ratinho 2598 mas ele conseguiu eliminar ou reduzir substancialmente as doenças da velhice como o cancro, os problemas cardíacos, a debilidade imunetária, os alzheimares e os parkinsons mais o colestrol, a obesidade, a tensão alta ou seja, a velhice passa a ser uma festa, sem a responsabilidade de trabalhar por obrigação, aturar chefes e patrões... uma paz completa para os Hospitais e de economia para o Serviço Nacional de Saúde.
Claro que o Serviço Nacional de Pensões e a Caixa Geral de Aposentações não iriam gostar muito de pagar reformas "até vir a mulher da fava rica" mas eles logo nos poriam a trabalhar durante mais anos.
Mas como é que o Ratinho UT 2598 conseguiu isto?
- Tudo terá começado com terra, a mesma que nos há-de comer os ossos, mas esta recolhida numa expedição à Ilha da Páscoa em 1964 e que foi o ponto de partida para um novo antibiótico baptizado de "rapamicina".
Não vamos entrar em pormenores que esses são para os cientistas mas inicialmente o que se constatou é que os ratinhos privados de comida viviam mais. Pois bem, com a rapamicina podem continuar a comer normalmente e a viver mais.
Eu, por exemplo, como ainda não tenho acesso à rapamicina, há muito que eliminei refeições confeccionadas ao jantar, única forma de me sentir melhor.
Como já perceberam não envelhecemos em tudo ao mesmo tempo. Umas "coisas" vão primeiro que outras, uma espécie de morte a prestações.
Primeiro a pele, logo aos 18 anos, embora não pareça, e depois, progressivamente e por esta ordem: pulmões, ossos, olhos, músculos, rins ouvidos, intestinos, coração e finalmente o cérebro.
Claro que há uns truques para adiar, retardar e melhorar o processo de envelhecimento. Lembram-se, com certeza, de Churchill que viveu até aos 91 anos sempre com o seu inseparável charuto e a quem perguntaram a razão de tão longa longevidade.
- O desporto - respondeu ele. - Mas o senhor nunca praticou desporto... - Ora aí tem a explicação para o segredo da minha longevidade.
Winston Churchill é a prova provada de que o cérebro é o ultimo a envelhecer. O dele até morreu jovem...
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