Maldito Dia das Mentiras... |
O Dia das Mentiras
Ontem foi o Dia das Mentiras e tudo começou por
brincadeira em França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Até aí o Ano Novo
era comemorado a 25 de Março com a chegada da primavera e o renascer da vida na
natureza, o que fazia todo o sentido.
Havia, então, festas muito grandes com troca de
presentes e bailes até noite adentro, festas que acabavam a 1 de Abril, uma
semana depois de terem começado.
Em 1562, o Papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um
novo calendário para o mundo cristão – o chamado calendário Gregoriano – em que
o Ano Novo caía a 1 de Janeiro.
O monarca francês levou 2 anos para cumprir as ordens do
Papa mas os franceses resistiram à mudança ignorando-a ou esquecendo-a e
continuaram a comemoração na data antiga.
Estes conservadores, adeptos do calendário anterior, começaram
a ser gozados chamando-se-lhes os “bobos de Abril” recebendo convites para
festas que não existiam a par de presentes estranhos.
Esta galhofa, com o tempo, tornou-se no Dia das
Mentiras tendo passado, 2 séculos mais tarde, para Inglaterra e daqui para o mundo.
Nós aqui em
Portugal temos sempre cumprido fielmente com o Dia das Mentiras e, mais grave
ainda, passamos das simples brincadeiras a mentiras muito sérias, como foi o
caso do BES, a maior mentira de sempre de Portugal, qui çá
do mundo.
O seu mentor, Ricardo Salgado Espírito Santo,
tornou-se, por direito próprio, o maior mentiroso de que há memória, equi valente apenas a D. Afonso Henriques quando mentiu ao Papa
sobre a batalha de Ourique.
Não tinha sido mais que uma escaramuça, igual a tantas outrasem que Afonso Henriques, como era de seu hábito, andava sempre envolvido. Assaltava e roubava os povos mouros, que por ali viviam e transformou-a depois numa enorme batalha, uma
grande vitória para a cristandade, o que terá sido muito importante para que o
Papa passasse a aceitar a vassalagem de Portugal que até aí era prestada a Castela.
Não tinha sido mais que uma escaramuça, igual a tantas outras
Esta terá sido a primeira grande mentira que fez com
que o nosso país, de certa maneira, tenha nascido de uma enorme peta...
A segunda, foi a de Ricardo Salgado que conseguiu
convencer não só o Papa, mas o país e o mundo inteiro que geria um grande Banco, herança de família, quando ele não era mais, desde o pós 25 de Abril, do que um monte de dívidas que estalaram agora, muitas delas, nas mãos
de pessoas já em fins de vida que acreditaram nas suas mentiras e ficaram sem
nada daquelas que foram as economias de uma vida de trabalho.
A dimensão desta dívida, deste falso império financeiro, correspondeu a
uma colossal mentira medida por milhares de milhões - ninguém sabe bem quantos - está marcada por um país que é o nosso, e que permitiu que ela nascesse,
crescesse e deflagrasse sem que ninguém tenha sido preso.
Ricardo Salgado é, neste momento, o homem mais
profundamente odiado e excomungado, principalmente, por um número imenso de
concidadãos directamente por ele afectados.
Com esta raiva e ódio profundos nunca outro se lhe equi parou. Uma dessas pessoas, Tereza Guilherme, que lidera com êxito o programa da TVI, “A Casa dos Segredos”, outra “mentira” ou melhor, nojo
televisivo, deve ter enriquecido com o dinheiro ganho na convivência com os
idiotas dos concorrentes, foi agora, também ela, vítima do Ricardo Salgado.
Remoendo calmamente as palavras, que não é o seu hábito
de falar, diz que há duas espécies de pessoas: as Boas e as Más. As primeiras vão
para o céu e as segundas para o inferno já que o purgatório para este efeito não
conta.
De acordo com a Tereza Guilherme, Ricardo Salgado, não
irá nem para um nem para outro, para nenhum deles, porque Ricardo Salgado não é
pessoa, é uma Não Pessoa, não tem sítio para onde ir.
Claro que há um sítio para onde ele ir que Tereza não
diz, talvez com medo de que o seu prejuízo com Salgado ainda possa aumentar.
O jornalista de economia do Jornal Expresso, João Vieira
Pereira, afirma a certo ponto na sua crónica, e passo a transcrever:
- "Volto a perguntar mais uma vez, e peço desculpa pela redundância, mas irei escrevê-lo até que os dedos me doam: quando é que alguém é preso pelo que se passou em todo o processo de queda do BES?"
É que, meus amigos, nesta coisa das mentiras, há
mentiras e mentiras, mentirosos e mentirosos:
- Em Inglaterra, por exemplo, num recuado dia 1 de Abril, de 1958, apareceu uma notícia no jornal de que havia uma árvore
no país que dava esparguete... mas, mentirosa adorável, a minha neta de 2 anos
a quem perguntei, quando ela vinha a subir as escadas: quem vem lá? e me
respondeu: é o papá e só a insistência minha é que ela respondeu: é a Mati
(Matilde).
Vejam lá, pouco mais que bebé e já tem o sentido do trocadilho. Ri às gargalhadas e faz covinhas junto da boca ... é adorável!
Vejam lá, pouco mais que bebé e já tem o sentido do trocadilho. Ri às gargalhadas e faz covinhas junto da boca ... é adorável!
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