Não era preciso mas
se houvesse dúvidas os resultados apresentados no Relatório da Agência Pew
Research Center sobre religiões e a sua
evolução no futuro, confirmam que elas constituem para a humanidade uma
fatalidade a que não podemos fugir.
Factores de ruptura
e de ódio desde sempre ligados a guerras inúteis, as religiões constituem um
mal colateral de um bem que se terá mostrado indispensável à sobrevivência da
espécie.
Acreditar foi
necessário para diminuir os riscos da vida cheia de perigos que esperavam os
nossos antepassados desde que nasciam.
Só a experiência e
os ensinamentos dos progenitores quanto aos cuidados a observar na relação dos
jovens com a natureza que os rodeava lhes poderiam conceder oportunidades para
sobreviverem, pelo menos até à idade de, por sua vez, procriarem eles também.
Esse número de
descendentes salvos por seguirem os conselhos dos pais e dos mais velhos, terá
feito a diferença numa espécie que vivia nos limites da extinção, como aconteceu a quando da explosão do vulcão Toba, há 75.000 anos, a maior catástrofe natural a que
a humanidade assistiu e esteve prestes a exterminá-la.
Era pois indispensável
acreditar naqui lo que os maiores nos
diziam, olhos nos olhos, dedos da mão em riste, voz de comando, de tal maneira
que o cérebro humano desenvolveu dentro dele o “espaço da fé ou do acreditar”.
Foi este mecanismo de hardware que uma vez instalado assegurou a obediência a que tantas vezes ficámos devendo a vida mas com a “porta aberta” para deixar passar toda a espécie de disparates como, por exemplo, se cortássemos a cabeça a uma cabra a chuva iria cair e fazer nascer a erva de que tanto precisávamos.
Foi este mecanismo de hardware que uma vez instalado assegurou a obediência a que tantas vezes ficámos devendo a vida mas com a “porta aberta” para deixar passar toda a espécie de disparates como, por exemplo, se cortássemos a cabeça a uma cabra a chuva iria cair e fazer nascer a erva de que tanto precisávamos.
Ficou assim, à
responsabilidade de cada um estabelecer a diferença entre os bons conselhos e
os maus conselhos sendo que, o mais fácil era acreditar em tudo.
Mas se o homem foi
dotado com esse mecanismo do acreditar sem discutir, sem pôr em dúvida,
acreditar cegamente, foi também dotado de um cérebro que desenvolveu aptidões
de inteligência que vieram a revelar-se a grande arma para se destacar dos
restantes animais e talvez, um dia, procurar novos mundos fora do planeta que o
viu nascer.
A inteligência e a
razão, o raciocínio lógico e a dúvida metódica, conduziram à ciência e através
dela os homens vieram a libertar-se das convicções dogmáticas que durante séculos
e ainda hoje funcionam como obstáculos à inteligência.
Mesmo acreditando
nas previsões do relatório do Pew Research Center que apontam para que o peso
dos Sem Religião irá passar no futuro dos actuais 16 para 13% a influência
negativa da fé não mais voltará a ser como foi no passado.
Os caminhos abertos
pela Ciência, divulgados pelo ensino generalizado, são irreversíveis e as
crenças dentro das religiões perderam força e tornaram-se menos perigosas.
E quanto à bondade
das pessoas religiosas, à sua moral e ética que foram apresentados como apanágio
dos religiosos a desmistificação há muito que está feita.
A moral é universal,
anterior às religiões e está fora delas como já se comprovou em estudos e análises
feitas a muitas sociedades diferentes.
O homem é bom ou mau
independentemente de ser religioso ou não. Se o for torna-se, apenas, potencialmente, mais
perigoso.
O genocídio dos arménios
por motivos religiosos é reconhecido como tal pelo Parlamento Europeu, Conselho
da Europa e 22 Estados a nível mundial.
Estima-se que um
milhão e meio de pessoas tenham perdido a vida até ao início dos anos 20, no
período de transição entre o fim do império Otomano e o estabelecimento da Turqui a, o Estado que lhe sucedeu.
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