terça-feira, junho 02, 2015

Alguém tem dúvidas que só lá vamos com fé?...
Ser do Sporting












Resultados inesperados sempre aconteceram em futebol, fazem parte dele: oportunidades escandalosamente perdidas, bolas que batem nas traves, ressaltos imprevistos que acabam em golo com sabor a lotaria premiada e, finalmente, as decisões escandalosas dos árbitros nos “fora de jogo”, uns inventados outros inexistentes.

Perante um tão grande grau de contingências para quê perdermos tempo a falar da técnica dos jogadores ou da táctica dos treinadores se depois acontece uma dessas imponderabilidades e tudo fica virado do avesso?

Acontece que no Domingo passado o Sporting ganhou a Taça de Portugal, o troféu mais importante depois do Campeonato, com um golo marcado ao 3º minuto do prolongamento levando o resultado final para o desempate por grandes penalidades.

Milhares de sportinguistas, tristes e desconsolados abandonavam o Estádio Nacional, a que Pinto da Costa, depreciativamente, chama de estádio de Oeiras, e nas suas casas, outros tantos arrancaram-se do sofá e foram dar uma volta para desanuviar... mas a 3 minutos do prolongamento de 6, concedidos pelo árbitro, Montero recebe uma bola atirada lá para a frente, consegue rematá-la entre 2 defesas, o guarda-redes defende contra o corpo dele e a bola ressalta calmamente para dentro da baliza do Braga.

Obtido o 2º golo, o do empate, o desfecho por grandes penalidades era agora favorável ao Sporting. Jogadores mais experientes e, sobretudo, moralizados por aquele golpe de sorte final, chegaram à vitória facilmente perante os remates disparatados do adversário que já se viam a desfilar em triunfo pelas ruas da cidade dos Arcebispos aclamados pela multidão.

Isto é o meu Sporting, que perde e ganha no último minuto dos jogos deixando em permanente indecisão os adeptos sem saberem se devem ou não sair mais cedo dos lugares para evitarem os instantes finais dos jogos com eventuais choques de emoção a arrasarem os seus corações.

Seguiu-se a inevitável festa, desta vez sem cenas de violência, dentro do Estádio mas com o espectáculo ridículo e inédito do Presidente do Clube passear às cavalitas um jogador da equipa.

Ninguém consegue ensinar àquele jovem o comportamento condizente com o estatuto de Presidente do Sporting Clube de Portugal?

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