sábado, julho 18, 2015

Falemos da Grécia














A Grécia moderna tem suas raízes na civilização da Grécia antiga, considerada o berço de toda a civilização ocidental. Como tal, é o local de origem da democracia da filosofia ocidental, dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental.

Da historiografia, da ciência política, de grandes princípios científicos e matemáticos, das artes cénicas ocidentais, []incluindo a tragédia e a comédia.

As conquistas culturais e tecnológicas gregas influenciaram grandemente o mundo, sendo que muitos aspectos da civilização grega foram transmitidos para o Oriente através de campanhas de Alexandre o Grande, e para o Ocidente através do Império.

Este rico legado é parcialmente reflectido nos 17 locais considerados pela UNESCO como Património Mundial no território grego, o sétimo maior número da Europa e o 13º do mundo.

O Estado grego moderno, que engloba a maior parte do núcleo histórico da civilização grega antiga, foi criado em 1830, após a Guerra da Independência Grega contra o antigo Império Otomano.

A Grécia é actualmente um país democrático membro[ fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), membro do que é hoje a União Europeia desde 1981 e da Zona Euro desde 2001, ]além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1952. A economia grega é a maior dos Balcãs.

Foi neste pequeno país que a civilização ocidental começou há mais de dois mil e oitocentos anos. Naquele tempo a civilização grega estava dividida em Cidades – Estado (pólis) que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do mar negro.
Após seu desaparecimento, ressurgiu em torno de 700. A.C. até ser conquistada militarmente por Roma em 168 a.C.

No entanto, a superioridade da cultura grega gerou uma profunda influência na cultura romana, por isso o filósofo Horácio fez a seguinte afirmação:
- “Graecia capta ferum victorem cepit (A Grécia, embora capturada, manteve seu selvagem conquistador em cativeiro).
Na verdade, na parte oriental do império a língua e a cultura gregas continuaram a ser muito influentes na sociedade.

O Império Bizantino estabeleceu-se como um dos maiores impérios da história da Europa e abrangia um território que ia do Mar Adriático ao sul da Itália e ao médio Oriente.
Constantinopla destacou-se como uma segunda Roma como o centro herdeiro das civilizações da Grécia e da Roma antigas.
O império grego de Bizâncio também foi um dos impérios mais longos da história: existiu durante mais de 1000 anos, do século V ao XV.

Após a queda de Constantinopla, a capital do antigo Império, os turcos otomanos invadiram a Grécia, assim como o resto da península Balcânica. Os gregos viveram por 350 anos sob domínio turco que terminou em 1821, com a Guerra da Independência Grega.

Ao recuperar a independência em parte do seu território, a Grécia tornou-se um Estado europeu moderno, sendo o nobre Ioannis Kapodistrias, o primeiro-ministro da Grécia moderna.
No final do século XIX, os gregos continuaram a batalha contra os turcos para continuar libertando territórios anteriormente ocupados, como a Tessália e o Epiro.

Durante as Guerras dos Balcãs a Grécia conseguiu também recuperar a Trácia e a Macedónia. Em 1922, a invasão grega da Ásia Menor durante a Guerra Grego –Turca acabou com a derrota e expulsão de 1,5 milhão de gregos, pondo fim a 4000 anos de presença grega ininterrupta no leste do Mar Egeu.

Durante a década de 1930, a Grécia foi arrastada para o fascismo através do ditador Oánnis Metaxás.

Durante a II G.G. o país foi ocupado pelas potências do Eixo (Alemanha Nazi e Itália Fascista) e nele estabeleceu-se um governo colaboracionista. A ocupação nazi foi seguida pela guerra civil grega que terminou em 1949[]

Em 2010 a Grécia, já castigada pela crise financeira de 2008-2009, foi o protagonista de uma crise de confiança que se espalhou por toda a União Europeia.

O país então viu o crescente interesse que os investidores exigiram para comprar sua dívida e foi forçado a realizar reformas fiscais destinadas a reduzir o seu défice à custa do crescimento económico e do perigo de uma recaída na recessão, correndo o risco de ter que sair da zona euro.


Nota- Na madrugada do passado dia 12 foi aprovado mais um pacote de 86 mil milhões de euros à Grécia que lhe vai permitir continuar na zona euro, ao fim de um debate considerado humilhante para os representantes do governo grego mas que foi aceite por este por ter sido considerado o desfecho menos grave quando a alternativa era sair logo do euro.
Os pormenores desta reunião ficarão para a história da Europa em que parece evidente o poder da Alemanha.

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