sábado, novembro 14, 2015

Em luto









Quando ontem, Barack Obama veio ao contacto com todos nós através da televisão, dizer que os ataques verificados em Paris eram um crime contra a humanidade, exagerou um bocadinho.
Na verdade, é um crime contra a nossa civilização ocidental que se desenvolveu na Europa e continuou nos EUA e hoje é adoptada por quase todo o mundo que reconhece nos seus valores e princípios a melhor maneira de se estar na sociedade. Por isso, só exagerou um bocadinho...
O respeito pela vida humana, a liberdade individual à volta de todo um conjunto de direitos e obrigações comumente aceites e vertidos em códigos e leis, constituem o mais importante da nossa maneira de estar no mundo a que chamamos civilização ocidental.
Os  jihadistas islâmicos não estão interessados em liberdade, direitos humanos, respeito pela vida pela simples razão de que já estão mortos, por outras palavras, estão vivos apenas para matar e de seguida morrer pela segunda vez.
Se repararem, os seus olhos têm uma expressão que vem vestida de luto, é fria, não é deste mundo, já foram mortos por uma ideologia em que que a crença religiosa levada até ao último extremo, os matou.
Das religiões monoteístas, as que adoram um só Deus, a islâmica é, neste momento, a mais perigosa, como em tempos terá sido a cristã em que atrocidades deste género, morte indiscriminada de pessoas, foi levada a cabo levantando bem alto a cruz de Cristo feito Deus que veio ao mundo para salvar os homens...
A fé religiosa é uma fuga, um escape que nunca é totalmente inofensivo porque, mesmo quando não é pretexto para matar, distrai as pessoas da vida, do mundo que as cerca, corta-lhes o raciocínio que é o sangue do pensamento sem o qual ele cristaliza e bloqueia.
Os bombistas suicidas e todos os outros que com uma arma na mão matam indistintamente para, no fim, serem abatidos pelas forças da autoridade, estão bloqueados por dogmas, que são rochedos enormes inultrapassáveis.
Você pode falar com eles, se falasse, e perceberia que dentro das suas cabeças só há um caminho, um único, o que leva à morte em nome de Alá.
Por muito que isto custe  a todos quantos professam  a religião islâmica e são pessoas pacíficas e sociais, foi assim que sucedeu.
O drama desta guerra contra os jihadistas islâmicos é que estamos a lutar contra pessoas, na maior parte jovens, que já estão mortas... nós lamentamos e choramos as vidas humanas que eles nos roubam mas, ao contrário, eles glorificam as deles.
No vídeo que mostro a seguir, Richard Dawkins tenta entrevistar um radical islâmico e o que se percebe é que, para este, o mundo acabou, está bloqueado, o seu pensamento confinou-se, estreitou-se, reduziu-se a um enorme buraco negro.
Em sinal de mágoa e luto ficamos hoje por aqui e amanhã  não há o Hoje é Domingo, (Na minha cidade de Santarém).
Regressaremos na 2ª Feira porque, mesmos que os radicais islâmicos não queiram, a nossa vida de pessoas livres e respeitadas, continua... e revigorada para os combater!

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