O que tu vês, Cavaco?... |
O que nos espera?...
Temos um Presidente da República que de tão
alinhado com a direita que sempre tem estado, derrotada esta agora no
Parlamento, o homem nem sabe bem o que fazer.
Em concreto, temos um Passos Coelho em funções
de gestão depois do seu governo ter sido derrubado por uma moção de rejeição
apresentada pelo PS e votada favoravelmente pelos restantes partidos da
esquerda, PCP e BE;
- um António Costa que tem tudo preparado para começar a
governar com o apoio da maioria dos deputados e, entre os dois, um Presidente,
meio perdido que anda a passear pela Madeira, nas tintas para o interesse do
país e que, em jeito de provocação, vai dizendo que, no tempo dele, chegou a
estar cinco meses em gestão... (mais uma desonestidade intelectual porque não se pode comparar o que é diferente)
Este homem, que sabe que em Janeiro do próximo
ano, dentro de dois meses, e em definitivo, deixa a cena política por limite de
idade - poderia ser por incompetência - ao fim de tantos anos a liderar o país como 1º Ministro ou Presidente da República, de uma forma baça, suportado por um
grupo de pessoas influentes, cujos interesses ele serviu, convenceu-se, não sei
se por ingenuidade ou porque simplesmente conveio ao seu ego desmedido, que
tal só poderia ter sido possível, porque os seus concidadãos lhe reconheceram,
ao longo das décadas, extraordinárias capacidades de lucidez e inteligência
política...
E como não pensar assim, se o povo jamais se
engana quando, livremente, expressa o seu voto no mesmo sentido em várias eleições?
É desse convencimento que os portugueses
podem estar prestes a ser vítimas, e isto num momento muito delicado em que a
direita, perdido o poder no Parlamento, está disposta a tudo para o recuperar
rapidamente.
Quem ouviu os discursos de dois ou três
falcões na Assembleia da República, no dia em que foi votada a Moção de
Rejeição do PS ao governo de Passos, só pode ter ficado preocupado.
A recusa do governo em aceitar a derrota
parece estar a ser estimulada pelo Presidente que, percebe-se, não quer ir para
a reforma depois de indigitar um governo maioritário de esquerda.
Será uma velhice amargurada...
Passos recuperou insidiosamente velhos
valores da direita, chegando ao ponto de andar em campanha com um crucifixo na
mão de forma a ser visto pelas câmaras de televisão mas, a sua verdadeira
especialidade, é a chantagem, o medo e a mentira.
Apossou-se do poder com maioria absoluta aproveitando uma banca rota para a qual ele, na oposição, contribuiu, e fazendo promessas às quais logo faltou, usando mentiras e falinhas mansas.
Depois, com uma satisfação vingativa, levou tudo a eito: pensionistas, reformados, trabalhadores, pequenos
empresários, começando a vender todas as empresas estratégicas do país
fazendo-nos sentir a mais baixa auto-estima que alguma vez tivemos.
Praticamente, já não possuímos nada, a
última foi agora a TAP: tudo andou para a mão dos chineses, da filha do Eduardo
dos Santos, de Fundos que não sabemos de quem são... tudo para pagar uma dívida
que continuou a crescer.
Agora, com tudo aparentemente definido, só resta o
Cavaco deixar cair totalmente a máscara e atirar, literalmente falando,
portugueses contra portugueses.
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