quarta-feira, janeiro 13, 2016

Assim Nasceu Portugal
(Domingos Amaral)

Episódio Nº 153


















Para sua surpresa foi a própria Zulmira a sugerir o contrário:

 - Gentil Mem, por que não entrais connosco?

O almocreve alegou que os cristãos não veriam isso com bons olhos, mas Zulmira encolheu os ombros e exclamou:

 - Em Córdova sempre tomei banho com homens! Sois moçárabe, podeis ficar! Precisamos de companhia, de ouvir as vossas histórias.

- Haveis viajado até Lisboa?

Perante tanta insistência, Mem acompanhou-as, mas fechou a porta, para prevenir a entrada de estranhos. Avançaram os quatro por um corredor, onde se viam pequenas saunas, e depois chegaram a uma sala coberta, com uma piscina no centro.

Sem hesitar, Zulmira despiu-se, retirando o alifafe que a cobria antes de entrar na água. Mem viu-a nua e sentiu desejo. Apesar da idade, ela mantinha-se bonita, tinha o peito ainda firme e as pernas musculadas.

As filhas imitaram-na. Fátima despiu o brial avermelhado e as calças e atirou-se nua para a água, enquanto Zaida retirava o çorame azul-claro e a sua roupa interior, entrando vigorosamente na piscina.

Mem apreciou-as pelo canto do olho, à medida que despia o seu saiote e a sua camisa.

Zaida era mais voluptuosa do que Fátima, que era magra e firme de carnes, com uns seios pequenos e pontiagudos, ao contrário dos da irmã que eram redondos e largos.

Com um pulo rápido mergulhou na água fria. Quando veio à superfície, Zaida encontrava-se num dos cantos da piscina, a lavar as axilas; Fátima boiava e Zulmira pegara numa escova esponjosa, e tentava esfregar as costas.

Porém, como o cabo era curto, perguntou:

 - Mem, podes ajudar-me? A minha mãe tinha sempre quem o fizesse!

Zaida riu-se, no seu canto, enquanto Mem recebia das mãos de Zulmira o cabo da escova. Depois esta virou-se de costas para ele, pousando as mãos no peitoril da piscina.

Quando o almocreve ia começar a esfregá-la, Fátima deixou de boiar e perguntou.

 - Mãe, devemos ir lá para fora?

De olhos fechados, Zulmira encolheu os ombros.

- Como queiram... Não tenho vergonha de vós, minha mãe também não tinha de mim. Vi-a uma vez com um núbio, negro como breu.

Depois, pediu a Mem , em voz baixa.

 - Lavai-me as pernas também e as coxas.

O almocreve mergulhou a escova debaixo de água, e passou-a vigorosamente nas ancas e nas nádegas dela. Nesse momento, viu pelo canto do olho que Fátima saía da piscina e vestia com rapidez as calcinhas e o brial, a caminho do corredor.

Pouco depois Mem ouviu a porta rua abrir-se. Alheia à partida da filha mais velha, Zulmira murmurou:

 - Podeis lavar-me com as mãos.

Mal viu Mem largar a escova que caiu no fundo da piscina, Zaida saiu do seu canto e mergulhou para a apanhar. Depois, apareceu à superfície por detrás do almocreve.

Sorrindo-lhe começou a esfregar-lhe as costas. Instantes depois, encostou-se a ele e Mem sentiu o peito volumoso dela pressioná-lo.

Gostais, querido Mem? Perguntou Zaida em voz baixa.

Empurrava-o e ele deixou-se ir chocando contra as nádegas de Zulmira:

 - Meu querido, minha mãe quer-vos.

Zulmira arqueou as costas e afastou os pés um do outro, ao mesmo tempo que Zaida o mordiscava no pescoço. Eufórico e fascinado, Mem investiu sobre Zulmira, ouvindo-a gemer pela primeira vez.

Aquela mulher tinha saudades de ser possuída, e ele agarrou a cintura dela com a mão direita e com a esquerda apanhou-lhe o cabelo, como se fosse um tufo de flores, puxando-os para trás.

Zulmira arqueou-se mais, o pescoço tenso e hirto, tocou-se nos mamilos com a mão direita e gemeu de novo.

Inesperadamente, ouviu-se um lancinante e aterrorizado guincho vindo de da rua. Mem reconheceu a voz de Fátima.

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