(Domingos Amaral)
Episódio Nº 153
Para sua surpresa foi a
própria Zulmira a sugerir o contrário:
- Gentil Mem, por que não entrais connosco?
O almocreve alegou que os
cristãos não veriam isso com bons olhos, mas Zulmira encolheu os ombros e
exclamou:
- Em Córdova sempre tomei banho com homens!
Sois moçárabe, podeis ficar! Precisamos de companhia, de ouvir as vossas
histórias.
- Haveis viajado até Lisboa?
Perante tanta insistência,
Mem acompanhou-as, mas fechou a porta, para prevenir a entrada de estranhos.
Avançaram os quatro por um corredor, onde se viam pequenas saunas, e depois
chegaram a uma sala coberta, com uma piscina no centro.
Sem hesitar, Zulmira
despiu-se, retirando o alifafe que a cobria antes de entrar na água. Mem viu-a
nua e sentiu desejo. Apesar da idade, ela mantinha-se bonita, tinha o peito
ainda firme e as pernas musculadas.
As filhas imitaram-na.
Fátima despiu o brial avermelhado e as calças e atirou-se nua para a água,
enquanto Zaida retirava o çorame azul-claro e a sua roupa interior, entrando
vigorosamente na piscina.
Mem apreciou-as pelo canto
do olho, à medida que despia o seu saiote e a sua camisa.
Zaida era mais volupt uosa do que Fátima, que era magra e firme de
carnes, com uns seios pequenos e pontiagudos, ao contrário dos da irmã que eram
redondos e largos.
Com um pulo rápido mergulhou
na água fria. Quando veio à superfície, Zaida encontrava-se num dos cantos da
piscina, a lavar as axilas; Fátima boiava e Zulmira pegara numa escova
esponjosa, e tentava esfregar as costas.
Porém, como o cabo era
curto, perguntou:
- Mem, podes ajudar-me? A minha mãe tinha
sempre quem o fizesse!
Zaida riu-se, no seu canto,
enquanto Mem recebia das mãos de Zulmira o cabo da escova. Depois esta virou-se
de costas para ele, pousando as mãos no peitoril da piscina.
Quando o almocreve ia começar
a esfregá-la, Fátima deixou de boiar e perguntou.
- Mãe, devemos ir lá para fora?
De olhos fechados, Zulmira
encolheu os ombros.
- Como queiram... Não tenho
vergonha de vós, minha mãe também não tinha de mim. Vi-a uma vez com um núbio,
negro como breu.
Depois, pediu a Mem , em voz
baixa.
- Lavai-me as pernas também e as coxas.
O almocreve mergulhou a
escova debaixo de água, e passou-a vigorosamente nas ancas e nas nádegas dela.
Nesse momento, viu pelo canto do olho que Fátima saía da piscina e vestia com
rapidez as calcinhas e o brial, a caminho do corredor.
Pouco depois Mem ouviu a porta
rua abrir-se. Alheia à partida da filha mais velha, Zulmira murmurou:
- Podeis lavar-me com as mãos.
Mal viu Mem largar a escova
que caiu no fundo da piscina, Zaida saiu do seu canto e mergulhou para a
apanhar. Depois, apareceu à superfície por detrás do almocreve.
Sorrindo-lhe começou a
esfregar-lhe as costas. Instantes depois, encostou-se a ele e Mem sentiu o
peito volumoso dela pressioná-lo.
Gostais, querido Mem?
Perguntou Zaida em voz baixa.
Empurrava-o e ele deixou-se
ir chocando contra as nádegas de Zulmira:
- Meu querido, minha mãe quer-vos.
Zulmira arqueou as costas e
afastou os pés um do outro, ao mesmo tempo que Zaida o mordiscava no pescoço.
Eufórico e fascinado, Mem investiu sobre Zulmira, ouvindo-a gemer pela primeira
vez.
Aquela mulher tinha saudades
de ser possuída, e ele agarrou a cintura dela com a mão direita e com a
esquerda apanhou-lhe o cabelo, como se fosse um tufo de flores, puxando-os para
trás.
Zulmira arqueou-se mais, o
pescoço tenso e hirto, tocou-se nos mamilos com a mão direita e gemeu de novo.
Inesperadamente, ouviu-se um
lancinante e aterrorizado guincho vindo de da rua. Mem reconheceu a voz de
Fátima.
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