terça-feira, fevereiro 16, 2016

Ganhou cabelos brancos e ensinamentos sobre o poder...
Obama vai-se embora...























Reconheço que estou profundamente influenciado pela cultura e valores da sociedade americana, para o Bem e para o Mal. Reajo demasiado, desfavorável ou favoravelmente, quando devia ser mais como simples observador.

Participo emocionalmente em assuntos que não me dizem directamente respeito, mas é compreensível:

- Era ainda criança quando os americanos entraram na guerra ao lado daqueles que, aqui na Europa, defendiam a liberdade. 

Que melhor começo poderia haver?...

- Depois, foram os filmes de cow-boys da minha juventude e aqueles actores que ficaram gravados para sempre na minha memória, como Gary Cooper, com a sua figura e personalidade ímpares, por quem Grace Kelly se apaixonou antes de se casar com o príncipe de Mónaco. Isto, numa fase da minha vida muito antes de saber que, afinal, os índios é que eram os bons...

- Mas havia também filmes dos cow-boys que nada tinham a ver com índios. Eram os justiceiros, rápidos no gatilho, que lutavam contra os bandidos, defendendo e vingando os fracos e indefesos.

Lembram-se dos Sete Magníficos que, juntamente com o Bom, o Mau e o Vilão, constituem a parelha de filmes que eu levaria para uma ilha deserta porque, para além de tudo, me fazem recordar o que eu senti, grudado à cadeira do cinema, quando, em jovem, os vi pela primeira vez.

Não levava o Casablanca porque esse, o sei todo de cor...

- Depois, foram as coisas más... a guerra do Vietname e os assassínio dos irmãos Kennedy e de Martin Lutter King que me fizeram jurar que nunca visitaria um país onde se matam homens daqueles!

São assim, os EU: uma sociedade do melhor e do pior, que se ama ou detesta...

Participei na eleição de Barack Obama, em 2006, emotivamente, é claro, porque tudo isto se passa no plano das emoções.

Rejubilei com a sua vitória e senti uma alegria comparada com a da Revolução dos Cravos, que era uma coisa só nossa, enquanto Obama já tinha a ver com a humanidade dada a importância dos EUA.

Obama é o melhor orador que eu já tive o prazer de ouvir na minha vida. A sua mensagem tem a força e o condão de me emocionar e os seus discursos, por ocasião da tomada de poder como Presidente, foram momentos altos da política no mundo, do melhor que se terá ouvido.

Vai-se embora em Novembro e, nos próximos e dilatados tempos, não se verá outro com a sua dimensão intelectual e de oratória.

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