"Portas so Sol" nas muralhas de Santarém |
Hoje
é Domingo
(Na mininha cidade de Santarém em 21/2/16)
Nós, portugueses, ficámos com os ingleses atravessados aqui , na garganta, desde que eles nos ameaçaram com o
seu “Ultimatum”, em 1890. Ou cedíamos nas negociações sobre o Mapa Côr- de-Rosa, em África, ou apontariam os canhões dos seus barcos de
guerra e escavacavam o Terreiro do Paço.
Não abdicavam da sua velha aspiração de ligar a cidade do Cabo, na África do Sul, ao Cairo, no Norte de África, por Caminho de Ferro, o que chocava com a nossa pretensão de ligar Angola a Moçambique.
Não abdicavam da sua velha aspiração de ligar a cidade do Cabo, na África do Sul, ao Cairo, no Norte de África, por Caminho de Ferro, o que chocava com a nossa pretensão de ligar Angola a Moçambique.
Como resultado, nós ficámos com os mos
É evidente que, nessa altura, a Inglaterra era um império
a sério e nós um império a brincar, mas os nossos políticos da época, de ambição desmedida, fizeram o Rei D. Carlos passar por aquela humilhação que serviu muito bem ao movimento republicano de então.
Lembrei-me disto por causa do discurso vitorioso do
Sr. Cameron, agora, nas negociações com Bruxelas tendo em vista convencer os seus compatriotas que o melhor mesmo é continuarem na Comunidade Europeia.
Falamos em continuar na Comunidade Europeia mas à maneira deles, porque os ingleses nunca abdicam da sua identidade e interesses próprios pelo que negoceiam sempre condições especiais, um Estatuto especial.
Os especialistas já fizeram as contas e, se a Inglaterra sair da Comunidade, esta perde mas os ingleses perdem muito mais, não falando já do "transtorno" que seria a separação da Escócia que já afirmou querer continuar ligada à Comunidade e, provavelmente, também a Irlanda do Norte.
As empresas já avisaram que seria muito mau para a economia inglesa e a libra poderia desvalorizar umqui nto do seu
actual valor.
Os especialistas já fizeram as contas e, se a Inglaterra sair da Comunidade, esta perde mas os ingleses perdem muito mais, não falando já do "transtorno" que seria a separação da Escócia que já afirmou querer continuar ligada à Comunidade e, provavelmente, também a Irlanda do Norte.
As empresas já avisaram que seria muito mau para a economia inglesa e a libra poderia desvalorizar um
Por outras palavras, a força da tradição gloriosa das
vantagens do velho império, - que já não existe - é tão grande, que não lhes
basta ganhar, materialmente falando, têm de ganhar do ponto de vista do orgulho
da sua história, ficando com a sensação de que foram eles que impuseram os seus
pontos de vista...
“Nós somos especiais, temos a libra, tivemos o Império,
temos a nossa língua, que é o esperanto para todos os povos do universo. Em
tempos, víamos nascer o sol em todo o planeta sob a nossa gloriosa bandeira,
fomos os reis dos negócios e até nos aliámos aos piratas para bater nos espanhóis
e portugueses”.
“Querem mais?... Será um honra para qualquer país
europeu pertencer a uma União Política da qual nós façamos parte, mesmo com um
Estatuto Especial....”
Mas não substimemos as qualidades dos ingleses e o contributo que eles poderão dar para aperfeiçoar a Comunidade Europeia que tanto precisa de melhorar.
Mas não substimemos as qualidades dos ingleses e o contributo que eles poderão dar para aperfeiçoar a Comunidade Europeia que tanto precisa de melhorar.
E o nosso Costa, parente pobre em todas estas negociações, sente-se satisfeito porque até 2020 as prestações sociais pagas aos portugueses que lá vivem e trabalham, manter-se-ão. A partir desse ano os abonos de família pedidos por emigrantes passarão a estar indexado ao valor pago na país de origem o que constituirá, para eles, um factor de menor atracção.
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