Somos Mesmo Gastadores...
É Mário Centeno, Ministro das Finanças, que o diz: ... “O Deficit só cai pela via da Receita”. Por outras palavras: - Não conseguimos gastar menos, temos que aumentar os impostos...
Os nossos governantes são incorrigíveis.
Nasceram todos para ricos, para distribuir benesses...
Em 2016 a Despesa sobe 6,2% e
iguala a outra subida record, em 2009.
A máqui na
do Estado mostra-se insaciável e se for preciso equi librar
ou diminuir qualquer Orçamento, certo e sabido, aumenta-se a Receita pela via
dos Impostos mas não se espere que a Despesa diminua...
Mas, se formos ver a Despesa para 2016,
notamos que os Subsídios aumentam 25,5% e, destes, para a Formação Profissional, 126%!. Os
restantes, vão para empresas de Transporte, sector Rural e Pescas, não sei se
por esta ordem de grandeza.
Trabalhei muitos anos no Instituto do
Emprego e acompanhei Acções de Formação Profissional tendo ficado com uma péssima
sensação da eficácia dos seus resultados para o país, em função dos
gastos que nelas se faziam.
Lembro que eram muito bem recebidas por
todos que nelas trabalhavam directamente, em concreto os formadores, para quem
essas acções de formação eram um maná...
É fácil, em termos teóricos,
reivindicar verbas para a Formação Profissional porque a relação entre ela e o
desenvolvimento da economia do país, é óbvia...
Havia Formação Profissional, feita um
pouco à moda antiga, com Cursos tirados em oficinas, com aulas teóricas e práticas,
que tinham resultados excelentes porque dispunham de todas as condições em
professores e meios.
Outros tipos de Formação eram um desperdício...
como que uma “satisfação” que se dava para não se dizer que não se fazia nada...
no fundo, política.
Lembram-se, ainda, dos antigos Cursos Comerciais
e Industriais, cuja existência não resistiu ao vendaval das aspirações da
Revolução que viu neles uma forma de descriminação social, injusta e
anti-democrática?...
Por que não haveriam todos de ser
doutores?- Não será uma justa aspiração?
Recordo muito bem esse tempo e sei, por
isso, que a separação dos jovens que iam para o Liceu e os que enveredavam
pelos Cursos Profissionais, Comerciais ou Industriais, tinha na sua base
origens diferentes quanto às classes sociais a que os pais pertenciam.
No fundo, respeitava-se o princípio de
que filho de Doutor ia para Doutor e o de operário, operário seria, e ninguém
estaria mais de acordo do que Oliveira Salazar.
Caiu-se no oposto e este é o mal das
revoluções. O que deveria acontecer gradualmente, pela evolução da sociedade e
das políticas, sucede no turbilhão das ideias bem intencionadas.
Bacherelados, Licenciados, Mestrados e,
quem sabe, Doutorados, escondem agora, as suas habilitações para entrarem para
caixas de um Super-Mercado e a minha neta, na 8ª Classe, 1º Ano do meu Liceu,
vai e vem da escola vergada ao peso de 8 k de livros... 3 livros e três
cadernos por cada disciplina!
O Ensino, transformou-se num negócio e
os professores, executantes ou intermediários de interesses de editoras e de
quem pensa o ensino a nível do Ministério.
E, depois de tudo isto, lá vem a Formação
Profissional, com os seus Cursos, os tais que ajudam a subir a Despesa do Estado
em 25,5 %.
Não, não é uma questão de esquerda ou
direita, talvez seja uma coisa destes tempos ou tipicamente portuguesa, já não
sei e desisto de saber...
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