quinta-feira, maio 26, 2016

Assim Vamos nós...

















Tudo corre mal a Portugal. Tudo? - Não! Parece que o imobiliário vai bem e os turistas são cada vez mais, por razões infelizmente nossas conhecidas, mas cada vez com menos dinheiro para gastarem.

O resto é uma lástima: balança comercial negativa, juros, deficit a subir relativamente ás previsões e embora o 1º Ministro continue um optimista militante - há quem lhe chame irritante - com a complacência do Presidente da República que lá vai pondo água na fervura... há já alguns comentadores, por ventura pessimistas inveterados, que vão adiantando que um dia rebenta a bronca... seja lá isso o que for!

Mas há uma esperança: o mal dos outros! -  especialmente dos países europeus, a começar pela nossa vizinha Espanha e indo por aí fora, até à própria Alemanha, não falando, naturalmente, nos gregos que vão já no terceiro pacote de empréstimos internacionais, mas esses são especiais, só pagam impostos quando lhes apetece... passe o exagero.

Quase todos infringem as regras do Pacto mas, com uma dívida que tenha a dimensão da nossa e com uma economia parada, paradinha, ninguém terá razões para nos invejar nesta Europa onde ninguém se entende, verdadeiramente.

Debaixo da condução, mais do que da orientação, económico-financeira da Alemanha, de Merkel/Shauble, mais uma vez os alemães estão a provar que, daqueles lados, ao contrário do que se pensava, não é da Espanha que "não vem bom vento nem bom casamento".

A televisão, vai começar agora a mostrar um documentário onde irão ser expostas as cicatrizes físicas que os Nazis, que não é por acaso que também eram alemães, deixaram na Europa, vai para pouco mais de setenta anos, já eu era nascido...

Daqui por mais uns anos, será que iremos ter outro documentário para mostrar um novo tipo de cicatrizes, estas de natureza sociológica, como se vai “anunciando” na Áustria onde, por um triz, a extrema direita não ganhou o poder e na França, a Srª Le Pen aguarda a sua oportunidade?...

A tudo isto, Shauble irá assistir sentado na sua cadeirinha de rodas, provavelmente satisfeito.

Neste momento, está irritadíssimo com as autoridades da Comunidade Europeia por terem concedido mais um ano a Portugal e à Espanha para cumprirem o Deficit, mas sem se incomodar com o seu escandaloso superávit da Balança Comercial infringindo as regras de Bruxelas!

É o que eu digo: ... daqueles lados "nem bom vento nem bom casamento"...

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