De novo...
Já aqui
falámos das barrigas de aluguer que foram autorizadas pelos deputados na nossa
Assembleia da República, contra a esperada oposição do Sr. Cardeal Patriarca de
Lisboa porque a doutrina da igreja católica, em termos de nascer e morrer, não
aceita qualquer intervenção. São situações que pertencem a Deus, ao mundo
natural das coisas...
Pessoalmente, manifestei-me a favor
pensando naquele caso concreto de duas irmãs em que uma nasceu sem útero e a
outra se ofereceu para criar o embrião dentro da sua barriga. Ficava tudo entre
mãe e tia.
Este desfecho, que deixa as duas irmãs
felizes e passou, agora, a ser autorizado pela lei pode, contudo, estar na
origem de outros problemas que dão lugar a situações desagradáveis.
Pedro Tadeu, jornalista, no seu artigo
de opinião no DN, menciona algumas:
-
Suponhamos que o bebé em gestação apresenta defeitos hereditários, de má formação,
e a mãe, a dona do óvulo, pretende interromper a gravidez para impedir o
nascimento da criança dentro, ainda, dos prazos legais para o fazer, mas a mulher que cedeu a sua barriga não
autoriza o aborto?
- E se a barriga de aluguer pertencer à
irmã, ou seja à tia do bebé e, mais tarde, com base nesta relação de grau de parentesco muito forte, exige também direitos parentais?
-
E quem pode fiscalizar, de forma eficaz, que as barrigas de aluguer não se
transformam num negócio embora proibido por lei?
Mais uma vez, a dificuldade está nos
pormenores, nos detalhes, porque sem eles tudo está bem... o que obriga a lei a
prever e a legislar sobre todas as situações imprevistas mas que podem
acontecer.
Pedro Tadeu remata o seu artigo com um
desabafo:
- “Para resolvermos o sofrimento de uns
criamos condições para provocar o sofrimento em outros! – Ora merda...
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