Largo Sá da Bandeira |
Hoje é Domingo
(Na minha cidade de Santarém em 8/5/16)
“O Inimigo não é a Europa mas as más
contas”... Adivinhem quem o disse? – Passos Coelho, pois então, quem “havera” de
ser? - Estas frases plenas de sub-entendidos são a sua marca.
Mas alguém põe em causa que os países
devem ter as suas contas equi libradas?
– Claro que não!
Simplesmente, Passos, continua a dar
sinais de despeito, característica de um político que tendo perdido
democraticamente, pela vontade expressa livremente nas urnas por todos os
portugueses, em vez de olhar para a frente e assumir a realidade tendo em vista
o futuro, vive ressabiado a remoer o passado e a meter-se com um Presidente da
República que o esmagou em votos e se esteva nas tintas para as suas acusações
de “catavendo-mediático” ...
Passos, é cada vez mais, o líder da
direita no país. Nada tem a ver com a social-democracia de Balsemão e do
falecido Sá Carneiro, ou de Manuela Ferreira Leite, Santana Lopes ou Morais
Sarmento, dos dias de hoje.
Passos, é agora um empecilho político
para o PSD porque dispõe de um pequeno grupo, aguerrido, que o apoia
incondicionalmente e, por outro lado, beneficia das vantagens de uma situação
conjuntural muito difícil que dissuade quem se lhe poderia opor.
A política, hoje, em Portugal é um
caminho de sentido único em que a alternativa visível é devolver de uma
vez só, ou em prestações, o que se retirou aos funcionários públicos e
pensionistas por força da crise de 2011 e da troyka que representava os
credores que emprestaram dinheiro.
Isto é aqui lo
que está à vista, porque um Governo de Passos Coelho nada tem a ver com um de
António Costa, das pequenas ás grandes coisas, que passam, inclusivamente, pelo que era o património nacional.
Quando Passos diz que o “Inimigo não é a
Europa mas as más Contas”, o que ele quer dizer, na verdade, é que é um
disparate aumentar o salário mínimo, mesmo que sejam meia-dúzia de euros por mês, ou melhorar qualquer prestação de natureza social.
Ele é um liberal: a sociedade deve
castigar os mais fracos que são inúteis e representam um peso Orçamental se
nos preocuparmos com eles e, além disso, nunca deixarão de ser pobres mesmo que os
ajudemos...
Regressemos ao tempo da esmola dada à saída
da Igreja, ou da beira dos caminhos, a costela caritativa das pessoas boas, que ainda as há, atenuará esse problema. Sempre houve pobres e desgraçadinhos e o mundo continuou
e progrediu apesar deles existirem.
Tudo é preferível às “Más Contas”, não é,
Sr. Passos Coelho, a quem o Jumento chama, com propriedade, de "Traste de Massamá"!
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