E Vive la France.... |
Ganhou a França
Onze contra onze e... desta vez ganhou a
França!
Portugal nunca seria favorito na final
deste Campeonato Europeu quer fosse a Alemanha ou a França mas, mal por mal, lá
no íntimo, com certeza que o nosso Eng. Seleccionador haveria de preferir a
França.
Não sei com qual destes dois países, no
historial dos confrontos futebolísticos, os nossos insucessos terão sido
maiores mas como foram, tanto num caso como no outro, amplamente negativos,
também não tem grande importância.
O que importa, é que para nossa satisfação
e surpresa de todos, estamos numa final em França, num confronto europeu,
contrariando a pequenez, fragilidade e ameaças de sanções que pesam sobre nós.
É verdade que não estamos, ao mesmo nível
no Campeonato Europeu de Atletismo, nem de perto nem de longe, excepção e honra
seja feita à nossa Dulce Félix vice - campeã dos 10.000 metros , ontem
realizados, mas,... o que nós gostamos mesmo é de correr atrás da bola.
Falo por mim. Em miúdo, era capaz de
passar horas a jogar à bola mas jamais me passou pela cabeça, então, dedicar-me
ao atletismo.
Para os nossos compatriotas que vivem e
trabalham em França vai ficar tudo em casa, ou no país onde nasceram ou
naquele em que vivem e trabalham.
No fundo, sabemos que não é bem assim...
O patriotismo arreganha-se mais quando
somos obrigados a permanecer fora da pátria. Como qualquer outro amor, a distância e
a ausência só contribuem para o aumentar, às vezes também para esquecer...
Sei bem que é assim... quando vivi fora
deste rectângulo, em África, bastava-me ouvir um fado para me chegarem as
lágrimas aos olhos, eram as minhas origens e o meu sentimentalismo a falarem.
Nestes confrontos futebolísticos da
Selecção Nacional de Futebol com outros países, a minha preocupação maior vai
para os meus compatriotas emigrados, Como devem sofrer mais do que eu quando
ela perde... Para agravar a saudade, o sabor amargo da derrota é de mais!
A nossa pátria é uma espécie de mulher
amada que quando vive junto de nós não damos muito por ela, inclusivamente queixamo-nos a todo o momento, por tudo e por nada, mas, em caso de separação, vem logo a dor e o vazio da ausência.
No Domingo, será a Final entre Portugal
e a França e eu sei, adivinho facilmente, que no caso, improvável, de Portugal
ganhar, a alegria dos portugueses que vivem e trabalham em França será muito
maior do que a sentida pelos meus concidadãos entre muros.
Passos Coelho, quando chegou ao poder,
mandou os jovens e desempregados portugueses emigrar, arranjar trabalho lá
fora, sem um pedido de desculpas, uma palavra de sentida justificação ou de pesar, como se
fosse indiferente viver e trabalhar dentro ou fora do país.
Preferia o estilo de Salazar que não
dizia nada... eles que se desenrascassem!
Os portugueses não precisam de ser enxotados para fora do país, eles próprios conhecem os caminhos das fronteiras para todas as partes e locais do mundo, que de há muitos anos atravessam, quase desde de sempre, para poderem sobreviver.
Os portugueses não precisam de ser enxotados para fora do país, eles próprios conhecem os caminhos das fronteiras para todas as partes e locais do mundo, que de há muitos anos atravessam, quase desde de sempre, para poderem sobreviver.
Passos Coelho foi muito infeliz nesses
aconselhamentos, não por estarem certos ou errados mas por terem sido
proferidos... e, por isso, só um povo, no fundo, com costela masoqui sta,
lhe podia ter dado os votos que ele recebeu nas eleições.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home