quarta-feira, janeiro 04, 2017

De Washington

a

Manacapuru

















Depois de Trump ter ganho as eleições para Presidente dos EUA, os candidatos eleitos para os vários Estados brasileiros começam a fazer mais sentido.

Se Trump vai mandar no mundo, ele, que só sabia da sua actividade de “pato bravo”, assim se chamavam na década de 60/70 aos construtores civis que lucravam com os prédios que construíam, por que é que o palhaço Tiririca não pode ser deputado, desde 2010, sob o lema: “pior do que está pior não fica...”?

Agora, com um único cartaz afixado que lhe custou o equivalente a 44 euros, foi eleita a alcoólica Francisca da Silva, 32 anos, 21 deles vivendo da prostituição no cais do porto da cidade por menos de 3 euros cada cliente.

Eu gosto dos meus simpáticos amigos brasileiros, com os quais me entendo numa língua comum e porque, nestas coisas da política, eles já aprenderam a não a levar muito a sério.

O Processo Lava – Jacto em curso veio demonstrar ao povo brasileiro que a política na sua terra é igual a corrupção e, talvez por isso, o candidato que venceu as eleições para Governador de São Paulo, logo à 1ª volta, superando alguns experimentados e respeitáveis políticos, teve logo o cuidado de esclarecer: - “eu não sou político, sou gestor”...

Claro que os eleitores brasileiros estão confusos e desorientados, mas depois da eleição de Trump sentem-se mais acompanhados porque, se este foi eleito e vai mandar no mundo, por que não o Tiririca ou a Francisca da Silva, que me parecem muito mais honestos?

Trump, que abriu a porta do poder a todo o tipo de pessoas desde que tenham dinheiro e muito populismo, mesmo com o seu passado de trafulhices, falências fraudulentas mandando trabalhadores para rua sem escrúpulos de natureza social, e de outros esquemas para enriquecer que fazem dele um homem perigoso para o seu país, vai agora mandar no mundo...

Para ele, governar, vai ser sinónimo de negociar, a única coisa que, eventualmente, saberá fazer para além de alguma decisão obviamente acertada, como a de investir em estradas de que o país está necessitado ou impedir a deslocalização de empresas para outros países onde a mão-de-obra é mais barata. Para já, parece interessado em entender-se com Putin...

O mundo e a Europa vão aguardar, com a Le Pen em França mais esperançada nas eleições deste ano em França, depois desta vitória de Trump, para ela encorajadora.

Os eleitorados estão instáveis mas não me parece que estejam de cabeça perdida, nem em França nem na Alemanha, onde Merkel deverá continuar a liderar com o seu bom senso já demonstrado.

No meu país, António Costa, já demonstrou ser um refúgio de segurança.

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