sexta-feira, janeiro 27, 2017

Trump e a 


Democracia















A vantagem da democracia é que daqui a 4 anos os americanos podem desfazer-se do Sr. Trump sem terem que fazer uma revolução o que, não quer dizer, que não venha a haver, até lá, muitas manifestações e cargas policiais.

A democracia permite a eleição de pessoas impreparadas para o exercício da Presidência, como é, claramente, o caso de Trump mas, em contrapartida, pagando o preço da asneira feita e sofrendo-lhe as consequências, vão poder rectificar a decisão agora tomada, aprendendo com ela e tudo de uma forma, digamos, pacífica.

Trump é um populista que chegou ao poder sem o ter tomado de assalto, como muitos outros, e agora o que é preciso é que ele não elimine os mecanismos criados para o refrear e acabem por tornar uma anedota a própria democracia que permitiu elegê-lo.

Até que ponto irão os ímpetos de poder de Trump Presidente é uma incógnita porque o homem não é certo da cabeça mas as autoridades americanas, as pessoas influentes e responsáveis que discordam dele e por boas razões, deveriam reflectir sobre as razões que levaram à sua eleição.

A democracia é uma escola de aprendizagem e será muito bom que o possa continuar a ser. Aprender à custa do próprio voto é uma maneira eficaz de ganhar conhecimento. A memória das asneiras que fazemos, muitas vezes, perde-se inutilmente sem que possamos recuperar delas mas, nestes casos, não é assim que as coisas se passam.

É verdade, que as pessoas, na maioria dos casos, são crédulas e bem intencionadas, mas nas escolhas políticas é preciso, principalmente, apelar para um sentido de análise crítica onde entra mais a cabeça e menos o coração...

Temos que esfriar as emoções, o voto é, talvez, a decisão mais importante que tomamos na nossa vida cívica, e se não reflectirmos bem podemos fazer grossa asneira como agora aconteceu com a eleição de Trump, pressentindo-se, desde já, as consequências de tal decisão e ainda a procissão não saiu ao adro...

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