Ganhou a Espanha… Parabéns à Espanha!
Ao contrário do que tinha acontecido no último Campeonato Europeu, em Portugal, desta vez ganhou a melhor equipa do Torneio e quando assim é podemos afirmar que ganhou a verdade desportiva e quem gosta de desporto e de futebol fica satisfeito.
O futebol tem todos os ingredientes para ser o jogo que arrebata multidões e os ingleses que o inventaram e deram a conhecer ao mundo constituíram-se em credores de todos nós.
E as razões são muitas:
- É saudável e libertador porque se joga ao ar livre, faça chuva ou sol e desenrola-se sobre um lindo tapete de relva verde que, só por si, é um factor de atracção.
- O número de jogadores parece mesmo ajustado àquilo a que chamamos uma equipa, onze, conta bicuda, nem demais nem de menos e perfeitamente ajustada às dimensões do terreno de jogo e às funções atribuídas a cada jogador. O guarda-redes, pelo seu papel crucial na defesa do último reduto cuja conquista faz a felicidade do adversário, deveria ser sempre o capitão da equipa tendo em conta essa grande responsabilidade.
- Depois, temos a bola, perfeitamente esférica, do tamanho adequado ao peito do pé, nem leve nem pesada, de cores e desenhos sugestivos para nos encantar ainda mais durante as suas trajectórias por vezes caprichosas, outras surpreendentes e outras ainda demolidoras como a dos projécteis de um canhão.
Quando falo da bola sou suspeito porque quando era jovem o meu pai dizia-me:
- Gostas tanto de bola que quando vês uma até ficas cego!
E era verdade, seguia-a com o olhar enquanto estivesse no meu horizonte visual e só quando desaparecia ficava disponível para olhar para qualquer outra coisa.
Não sei se era por influência da lua cheia, também ela uma bola, que nas noites tranquilas de verão, nas férias grandes na aldeia dos meus avós, atraía o meu olhar e me convidava a sonhar.
Fosse pelo que fosse, aquele objecto que rolava à frente dos meus pés era um convite, um desafio, era mais importante que qualquer outra coisa e as horas passavam sem dar por elas nas longas tardes de Agosto, no largo do centro da aldeia, dando-lhe pontapés contra a parede da igreja que hoje já não existe.
Desde a minha infância que aderi ao Sporting Clube de Portugal sem que me consiga recordar perfeitamente em que momento e porquê.
Lá em casa éramos quatro: o meu pai era do Oriental porque na qualidade de proprietário de duas carvoarias no Poço do Bispo quando o Oriental ganhava o negócio da venda dos copos de vinho aumentava.
A minha mãe era da Académica porque era “bem” ser do Clube da cidade dos doutores e a mim e ao meu irmão, restou-nos escolher entre os dois grandes de Lisboa porque estava fora de questão sermos ambos do mesmo clube.
- Depois, porque o jogo não se faz sem regras, temos o árbitro e os juízes de linha, o primeiro com o apito e os dois restantes com as bandeirinhas, para fazerem cumprir dois aspectos essenciais não só do jogo de futebol como de qualquer jogo:
1º- A violência não faz parte do desporto e por isso é sancionada;
2º- Não há desporto se não for praticado com honra e por isso os golos não podem resultar do oportunismo do jogador que se deixa ficar junto do guarda redes adversário para introduzir com facilidade a bola na baliza.
A regra do “fora do jogo”, com todas as suas dificuldades de aplicação, garante que também os golos estão sujeitos ao código de honra e para isso o jogador que mete o golo, no momento em que a bola lhe é passada, tem que ter, entre ele e o guarda redes, um outro jogador adversário.
-Finalmente, o futebol e os seus clubes fizeram-nos recuar no tempo muitos milhares de anos e reintroduziram-nos na tribo, e ao olhar para o comportamento dos adeptos que saudades tínhamos da tribo!
Depois de muitos séculos voltamos, como que por magia, a poder ver os rapazes que representam a nossa tribo e portanto a nós próprios, a defrontarem a outra tribo nossa vizinha e rival porque é precisamente isso que acontece quando, naquele cenário de cor, barulho, luz e gente, os jogadores da minha tribo, o Sporting Club Portugal, entram em campo para defrontarem os rapazes da tribo vizinha, a do Sport Lisboa e Benfica.
Mas por vezes acontece que todas as tribos se juntam, escolhem de entre si os melhores, saem para fora das suas fronteiras, e em grandes eventos desportivos vão procurar em países distantes a grande glória que é pertença dos grandes vencedores.
Desta vez coube à Espanha, com toda a justiça, essa glória e por isso testemunhamos a maior e mais esfusiante manifestação de alegria de que há memória promovida por centenas de milhar de espanhóis que encheram o centro da cidade de Madrid.
Ao contrário do que tinha acontecido no último Campeonato Europeu, em Portugal, desta vez ganhou a melhor equipa do Torneio e quando assim é podemos afirmar que ganhou a verdade desportiva e quem gosta de desporto e de futebol fica satisfeito.
O futebol tem todos os ingredientes para ser o jogo que arrebata multidões e os ingleses que o inventaram e deram a conhecer ao mundo constituíram-se em credores de todos nós.
E as razões são muitas:
- É saudável e libertador porque se joga ao ar livre, faça chuva ou sol e desenrola-se sobre um lindo tapete de relva verde que, só por si, é um factor de atracção.
- O número de jogadores parece mesmo ajustado àquilo a que chamamos uma equipa, onze, conta bicuda, nem demais nem de menos e perfeitamente ajustada às dimensões do terreno de jogo e às funções atribuídas a cada jogador. O guarda-redes, pelo seu papel crucial na defesa do último reduto cuja conquista faz a felicidade do adversário, deveria ser sempre o capitão da equipa tendo em conta essa grande responsabilidade.
- Depois, temos a bola, perfeitamente esférica, do tamanho adequado ao peito do pé, nem leve nem pesada, de cores e desenhos sugestivos para nos encantar ainda mais durante as suas trajectórias por vezes caprichosas, outras surpreendentes e outras ainda demolidoras como a dos projécteis de um canhão.
Quando falo da bola sou suspeito porque quando era jovem o meu pai dizia-me:
- Gostas tanto de bola que quando vês uma até ficas cego!
E era verdade, seguia-a com o olhar enquanto estivesse no meu horizonte visual e só quando desaparecia ficava disponível para olhar para qualquer outra coisa.
Não sei se era por influência da lua cheia, também ela uma bola, que nas noites tranquilas de verão, nas férias grandes na aldeia dos meus avós, atraía o meu olhar e me convidava a sonhar.
Fosse pelo que fosse, aquele objecto que rolava à frente dos meus pés era um convite, um desafio, era mais importante que qualquer outra coisa e as horas passavam sem dar por elas nas longas tardes de Agosto, no largo do centro da aldeia, dando-lhe pontapés contra a parede da igreja que hoje já não existe.
Desde a minha infância que aderi ao Sporting Clube de Portugal sem que me consiga recordar perfeitamente em que momento e porquê.
Lá em casa éramos quatro: o meu pai era do Oriental porque na qualidade de proprietário de duas carvoarias no Poço do Bispo quando o Oriental ganhava o negócio da venda dos copos de vinho aumentava.
A minha mãe era da Académica porque era “bem” ser do Clube da cidade dos doutores e a mim e ao meu irmão, restou-nos escolher entre os dois grandes de Lisboa porque estava fora de questão sermos ambos do mesmo clube.
- Depois, porque o jogo não se faz sem regras, temos o árbitro e os juízes de linha, o primeiro com o apito e os dois restantes com as bandeirinhas, para fazerem cumprir dois aspectos essenciais não só do jogo de futebol como de qualquer jogo:
1º- A violência não faz parte do desporto e por isso é sancionada;
2º- Não há desporto se não for praticado com honra e por isso os golos não podem resultar do oportunismo do jogador que se deixa ficar junto do guarda redes adversário para introduzir com facilidade a bola na baliza.
A regra do “fora do jogo”, com todas as suas dificuldades de aplicação, garante que também os golos estão sujeitos ao código de honra e para isso o jogador que mete o golo, no momento em que a bola lhe é passada, tem que ter, entre ele e o guarda redes, um outro jogador adversário.
-Finalmente, o futebol e os seus clubes fizeram-nos recuar no tempo muitos milhares de anos e reintroduziram-nos na tribo, e ao olhar para o comportamento dos adeptos que saudades tínhamos da tribo!
Depois de muitos séculos voltamos, como que por magia, a poder ver os rapazes que representam a nossa tribo e portanto a nós próprios, a defrontarem a outra tribo nossa vizinha e rival porque é precisamente isso que acontece quando, naquele cenário de cor, barulho, luz e gente, os jogadores da minha tribo, o Sporting Club Portugal, entram em campo para defrontarem os rapazes da tribo vizinha, a do Sport Lisboa e Benfica.
Mas por vezes acontece que todas as tribos se juntam, escolhem de entre si os melhores, saem para fora das suas fronteiras, e em grandes eventos desportivos vão procurar em países distantes a grande glória que é pertença dos grandes vencedores.
Desta vez coube à Espanha, com toda a justiça, essa glória e por isso testemunhamos a maior e mais esfusiante manifestação de alegria de que há memória promovida por centenas de milhar de espanhóis que encheram o centro da cidade de Madrid.
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