terça-feira, janeiro 27, 2009


A ARTE E O SEU CONTEXTO




Quando o luxo vem sem etiqueta…

O tipo desce na estação do Metro vestindo jeanes, t-shirt e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali.

Durante os 45 minutos que tocou foi praticamente ignorado pelos transeuntes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, avaliado em cerca de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes, Bell tinha tocado em Simphony Hall The Bóston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1.000 dólares.

A experiência gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar rápido, copo de café na mão, telemóvel no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.

A iniciativa, realizada pelo jornal Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

Conclusão:

- Estamos habituados a dar valor às coisas quando estão num contexto.

Bell, era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta de glamour.

Apenas uma mulher reconheceu a música…

Eis o vídeo da apresentação no Metro:

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