E NÓS, HUMANOS? TAMBÉM DANÇAMOS COM FANTASMAS?
Será que a nossa espécie também estará sujeita à “Dança Com Fantasmas”?
À primeira vista pareceria que não. A inteligência humana permite soluções para problemas de sobrevivência que não estão ao alcance das outras espécies.
Os homens ultrapassaram essa fase de comportamentos rígidos, programados, como soluções correctas para a sua sobrevivência.
Esses comportamentos manifestaram-se insuficientes e os nossos antepassados remotos estiveram à beira de constituírem um beco sem saída na luta pela sobrevivência não fora o desenvolvimento do cérebro e de uma progressiva capacidade intelectual.
Mas a inteligência humana protege-nos realmente de “dançarmos com fantasmas”?
Postos numa situação completamente nova, - como aconteceu com as pequenas tartaruguinhas marinhas quando a intensidade da luz das cidades se sobrepôs à do luar desviando-as do seu rumo e conduzindo-as à morte – , dispomos pelo menos de alguma capacidade de compreender que temos um problema e de tentar arranjar para ele uma solução.
Tem então lugar um processo mental rápido que realiza aproximadamente a mesma coisa que o processo geracional lento da selecção natural.
É uma coisa maravilhosa que funciona às vezes, mas quem pensar que ela resolve completamente o problema de “dançar com fantasmas” está tristemente iludido.
Antes de possuirmos inteligência humana éramos simplesmente mamíferos e primatas com um “arsenal de planos de guerra” para lutar pela sobrevivência que evoluíram por selecção natural e a nossa inteligência foi somar-se a esse arsenal.
Não substituiu os outros “planos de guerra” nem nós desejaríamos que isso acontecesse. Alguns desses “planos” nem sequer são mentais. Na realidade, todo o conceito de “mental” está desvanecer-se diante de nós.
Um cérebro é um sistema físico que actua como uma calculadora, recebendo informação e dando respostas sensatas.
Precisamos de alargar o nosso conceito de “mental de maneira a incluir todos os tipos de calculadoras, independentemente da sua composição material.
Como exemplo, vejamos aquilo que se passa com os nossos hábitos alimentares para percebermos como estamos a “dançar com fantasmas”:
- O desejo que sentimos de gordura, açúcar e sal fazia todo o sentido num ambiente em que estas substâncias eram constantemente escassas mas, colocar um restaurante de comida rápida em cada esquina é como iluminar o céu da ilha para as tartarugas marinhas bebés.
Precipitamo-nos para consumir, mas é uma partida cruel e acabamos por nos matar. Sabemos que há um problema, mas isso não significa que saibamos resolvê-lo com um simples acto de força de vontade usando a nossa maravilhosa inteligência.
A nossa chamada “mente racional” não tem assim tanto controlo sobre o resto da nossa mente e do nosso corpo.
No abismo do poço colocado no centro do palco e para o qual os fantasmas das tartaruguinhas, dançando, mergulham totalmente desconhecedoras do seu destino fatal, aos homens acontece-lhes o mesmo mas com conhecimento prévio, incapazes, porém, de aplicarem a solução… ou talvez estejamos a “dançar com fantasmas diferentes”.
À primeira vista pareceria que não. A inteligência humana permite soluções para problemas de sobrevivência que não estão ao alcance das outras espécies.
Os homens ultrapassaram essa fase de comportamentos rígidos, programados, como soluções correctas para a sua sobrevivência.
Esses comportamentos manifestaram-se insuficientes e os nossos antepassados remotos estiveram à beira de constituírem um beco sem saída na luta pela sobrevivência não fora o desenvolvimento do cérebro e de uma progressiva capacidade intelectual.
Mas a inteligência humana protege-nos realmente de “dançarmos com fantasmas”?
Postos numa situação completamente nova, - como aconteceu com as pequenas tartaruguinhas marinhas quando a intensidade da luz das cidades se sobrepôs à do luar desviando-as do seu rumo e conduzindo-as à morte – , dispomos pelo menos de alguma capacidade de compreender que temos um problema e de tentar arranjar para ele uma solução.
Tem então lugar um processo mental rápido que realiza aproximadamente a mesma coisa que o processo geracional lento da selecção natural.
É uma coisa maravilhosa que funciona às vezes, mas quem pensar que ela resolve completamente o problema de “dançar com fantasmas” está tristemente iludido.
Antes de possuirmos inteligência humana éramos simplesmente mamíferos e primatas com um “arsenal de planos de guerra” para lutar pela sobrevivência que evoluíram por selecção natural e a nossa inteligência foi somar-se a esse arsenal.
Não substituiu os outros “planos de guerra” nem nós desejaríamos que isso acontecesse. Alguns desses “planos” nem sequer são mentais. Na realidade, todo o conceito de “mental” está desvanecer-se diante de nós.
Um cérebro é um sistema físico que actua como uma calculadora, recebendo informação e dando respostas sensatas.
Precisamos de alargar o nosso conceito de “mental de maneira a incluir todos os tipos de calculadoras, independentemente da sua composição material.
Como exemplo, vejamos aquilo que se passa com os nossos hábitos alimentares para percebermos como estamos a “dançar com fantasmas”:
- O desejo que sentimos de gordura, açúcar e sal fazia todo o sentido num ambiente em que estas substâncias eram constantemente escassas mas, colocar um restaurante de comida rápida em cada esquina é como iluminar o céu da ilha para as tartarugas marinhas bebés.
Precipitamo-nos para consumir, mas é uma partida cruel e acabamos por nos matar. Sabemos que há um problema, mas isso não significa que saibamos resolvê-lo com um simples acto de força de vontade usando a nossa maravilhosa inteligência.
A nossa chamada “mente racional” não tem assim tanto controlo sobre o resto da nossa mente e do nosso corpo.
No abismo do poço colocado no centro do palco e para o qual os fantasmas das tartaruguinhas, dançando, mergulham totalmente desconhecedoras do seu destino fatal, aos homens acontece-lhes o mesmo mas com conhecimento prévio, incapazes, porém, de aplicarem a solução… ou talvez estejamos a “dançar com fantasmas diferentes”.
"A EVOLUÇÃO PARA TODOS" de DAVID SLOAN WILSON
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