DUAS PROPOSTAS INTELIGENTES
Nós sabemos que as sociedades em que vivemos são geridas por critérios economicistas mas vamos esquecê-los por momentos:
- 1ª Proposta:
- Quarenta e quatro milionários alemães iniciaram uma campanha para convencer a chanceler Merkel a aumentar a carga fiscal sobre os mais privilegiados.
Os membros deste grupo admitem ter mais dinheiro do que o necessário e afirmaram-se dispostos a contribuir com o excedente para financiar programas sociais e económicos que ajudem a recuperar a economia alemã. Se a proposta for aceite o estado alemão poderá embolsar em dois anos, cem mil milhões de euros.
- 2ª Proposta:
- Carvalho da Silva da CGTP, perante a recomendação do Governador do Banco de Portugal para a moderação dos salários no próximo ano à volta de 1%, sugere a redução drástica dos prémios dos gestores das empresas de forma a permitir aumentar o salário mínimo de 10%.
Para além de inteligentes, ambas as propostas são justas do ponto de vista humano e vantajosas no aspecto social.
Está visto, que por muito dinheiro que uma pessoa tenha a qualidade da sua vida não pode continuar a aumentar em paralelo com o aumento da sua fortuna. Os excedentes acumulam-se sob a forma de entesouramento ou são canalizados para investimento directamente ou por intermédias pessoas com o risco que isso representa.
Ora, uma pessoa depois de ser muito rica deseja, principalmente, saúde e poder viver em paz, segurança e tranquilidade social. Sem estes condicionalismos não poderá desfrutar, em plenitude, a sua riqueza.
Ceder o dinheiro ao estado significa, em primeiro lugar, uma prova de confiança na instituição e nas pessoas que governam e isto é, indubitavelmente, bom.
Contribuir para melhorar a situação e a qualidade vida dos compatriotas, especialmente dos mais necessitados, teria como resultado alcançar um melhor clima social com mais harmonia e tranquilidade o que, naturalmente, aproveitaria a todos, os mais ricos incluídos.
- 1ª Proposta:
- Quarenta e quatro milionários alemães iniciaram uma campanha para convencer a chanceler Merkel a aumentar a carga fiscal sobre os mais privilegiados.
Os membros deste grupo admitem ter mais dinheiro do que o necessário e afirmaram-se dispostos a contribuir com o excedente para financiar programas sociais e económicos que ajudem a recuperar a economia alemã. Se a proposta for aceite o estado alemão poderá embolsar em dois anos, cem mil milhões de euros.
- 2ª Proposta:
- Carvalho da Silva da CGTP, perante a recomendação do Governador do Banco de Portugal para a moderação dos salários no próximo ano à volta de 1%, sugere a redução drástica dos prémios dos gestores das empresas de forma a permitir aumentar o salário mínimo de 10%.
Para além de inteligentes, ambas as propostas são justas do ponto de vista humano e vantajosas no aspecto social.
Está visto, que por muito dinheiro que uma pessoa tenha a qualidade da sua vida não pode continuar a aumentar em paralelo com o aumento da sua fortuna. Os excedentes acumulam-se sob a forma de entesouramento ou são canalizados para investimento directamente ou por intermédias pessoas com o risco que isso representa.
Ora, uma pessoa depois de ser muito rica deseja, principalmente, saúde e poder viver em paz, segurança e tranquilidade social. Sem estes condicionalismos não poderá desfrutar, em plenitude, a sua riqueza.
Ceder o dinheiro ao estado significa, em primeiro lugar, uma prova de confiança na instituição e nas pessoas que governam e isto é, indubitavelmente, bom.
Contribuir para melhorar a situação e a qualidade vida dos compatriotas, especialmente dos mais necessitados, teria como resultado alcançar um melhor clima social com mais harmonia e tranquilidade o que, naturalmente, aproveitaria a todos, os mais ricos incluídos.
A proposta do líder da CGTP, Carvalho da Silva, refere um aspecto sensível, nevrálgico e muito discutível que são os altos prémios que os gestores auferem estabelecidos por eles próprios nos estatutos das empresas que gerem com a cumplicidade dos governos e accionistas.
Diz Carvalho da Silva que uma redução drástica desses prémios permitiria economizar dinheiro suficiente para aumentar de 10% o salário mínimo nacional.
As contas não estarão feitas, a sugestão será mais um desabafo mas pergunta-se: com que legitimidade trabalhadores, não obstante as responsabilidades das funções que exercem, ganhando ordenados que no nosso país são mais elevados do que na média europeia, beneficiando de regalias e mordomias de toda a espécie que correspondem a outros tantos ordenados, se permitem ainda estabelecer prémios chorudos a si próprios, às vezes, mesmo, em situações deficitárias das suas empresas?
Supondo que a sugestão de Carvalho da Silva era possível e exequível, apenas no campo das suposições, não só os trabalhadores de mais baixos salários teriam o maior aumento de sempre como também o consumo sofreria um forte impulso o que seria bom para as empresas e para o estado. O clima social ficaria desassombrado e os trabalhadores sentiriam que, pela 1ª vez, alguém tinha pensado neles a sério e esse sentimento seria bem mais importante que os menos de cinquenta euros a mais no salário ao fim do mês.
Por isso considerei que ambas as propostas, aparentemente, “chocantes” ou "demagogicas" eram inteligentes.
Diz Carvalho da Silva que uma redução drástica desses prémios permitiria economizar dinheiro suficiente para aumentar de 10% o salário mínimo nacional.
As contas não estarão feitas, a sugestão será mais um desabafo mas pergunta-se: com que legitimidade trabalhadores, não obstante as responsabilidades das funções que exercem, ganhando ordenados que no nosso país são mais elevados do que na média europeia, beneficiando de regalias e mordomias de toda a espécie que correspondem a outros tantos ordenados, se permitem ainda estabelecer prémios chorudos a si próprios, às vezes, mesmo, em situações deficitárias das suas empresas?
Supondo que a sugestão de Carvalho da Silva era possível e exequível, apenas no campo das suposições, não só os trabalhadores de mais baixos salários teriam o maior aumento de sempre como também o consumo sofreria um forte impulso o que seria bom para as empresas e para o estado. O clima social ficaria desassombrado e os trabalhadores sentiriam que, pela 1ª vez, alguém tinha pensado neles a sério e esse sentimento seria bem mais importante que os menos de cinquenta euros a mais no salário ao fim do mês.
Por isso considerei que ambas as propostas, aparentemente, “chocantes” ou "demagogicas" eram inteligentes.
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