ENTREVISTAS
FICCIONADAS
COM JESUS CRISTO
Entrevista Nº 25
Tema – A Discípula Amada?
Raquel – A nossa unidade móvel estaciona hoje naquela que foi Magdala, a cidade natal de Maria Madalena – e daqui o nome dessa famosa mulher – da qual hoje nada resta. Connosco está Jesus na sua 2ª vinda à Terra e na 1ª visita a este lugar.
Jesus – Eu passei por aqui quando esta cidade tinha muita vida… Os de Cafarnaum traziam até aqui o pescado, aqui o salgavam e vendiam para todo o país. Uma cidade de muito ricos e de muitos pobres.
Raquel – Foi aqui que conheceu Maria Madalena?
Jesus – Sim, foi aqui. Ela era muito pobre.
Raquel – Podemos saber em que circunstâncias?
Jesus – Bem, ela era uma mulher só, as que ficavam viúvas ou eram repudiadas pelos maridos, tinham uma vida difícil.
Raquel – E sobre o seu “trabalho” segundo a tradição, ela era prostituta.
Jesus – Boatos. As mulheres sós suportavam o jugo da má reputação. Eu recordo-me daquele dia… depois de caminhar à volta do lago, chegámos aqui a Magdala com João e André. Então, conheci a Maria. Ela abriu seus ouvidos para escutar a mensagem de Deus…
Raquel – Isso foi depois de lhe ter tirado os demónios?
Jesus – Que demónios!.. Más línguas. Dela se dizia que tinha não um mas sete demónios no corpo… Como Maria era forte e não tinha papas na língua, inventaram histórias.
Raquel – Imagino que saiba tudo quanto se escreveu sobre a sua relação com Maria Madalena… Também são invenções?
Jesus – Pois não sei o que terão escrito mas… que queres que te diga? Ela participou no nosso Movimento, acompanhou-nos por todo o lado e se apaixonou pelo Reino de Deus. Encontrar Maria foi como encontrar uma pérola de grande valor. A lâmpada do seu corpo eram os seus olhos… era muito alegre… com ela, o Reino era um banquete, uma festa.
Raquel – Recorda-la com muita emoção…
Jesus – Eu tinha um grande prazer em falar com ela. Confidenciei-lhe muitas coisas… André, João, Santiago e sobre tudo Pedro, ficaram com ciúmes…
Raquel – Olha, Jesus Cristo, vou dizer-te algumas coisas que talvez… bem, nem sei se as digo… mas estas não as encontrei em nenhuma novela ou no Código de Da Vinci.
Jesus – No Código…?
Raquel – Para esta entrevista estive a ler um dos Evangelhos que não constam na Bíblia, os apócrifos. E num deles diz que Maria Madalena foi sua companheira e que o senhor a beijava na boca. Li também que esse discípulo amado de que tanto se fala no Evangelho de João, era, na realidade “a discípula amada” que o senhor mais queria…
Jesus – Na verdade, tudo isso se escreveu em memória dela.
Raquel – Mas o senhor amava-a?
Jesus – Sim, queria-lhe muito.
Raquel – Queria-lhe como mulher?
Jesus – Que queres saber, Raquel? Se tive relações com ela?
Raquel – O senhor desculpe a pergunta, compreendo que é um pouco indiscreto mas em torno da sua relação com Maria Madalena há muito mistério.
Jesus – O amor é sempre um mistério. Por isso, Deus, o maior amor, é o maior dos mistérios…
Raquel – Então, o senhor e ela… entre os dois…?
Jesus – Na minha terra diz-se que “entre os três não há segredo”. Não perguntes mais, Raquel, não faz falta.
Raquel – Das ruínas da cidade onde, pela primeira vez, se encontraram Jesus e Maria de Magdala, Raquel Perez.
NOTA
O Cristianismo Oriental presta honras a Maria Madalena pela sua proximidade a Jesus considerando-a “igual aos apóstolos”. No Ocidente desenvolveu-se a ideia de que, antes de conhecer Jesus, Maria Madalena tinha-se dedicado à prostituição, identificando-a com outras mulheres “pecadoras” que aparecem nos Evangelhos (Lucas 7. 36)
A imagem de Maria Madalena arrependida e penitente, domina a arte e a literatura ocidental. Em 1969, a Igreja Católica que reconhece Maria Madalena como Santa, retirou do calendário litúrgico o adjectivo “penitente” que tradicionalmente lhe atribuía e deixou de usar nas missas esse texto de Lucas. Contudo, apesar destas mudanças, a ideia da prostituta arrependida continua predominando.
Jesus – Eu passei por aqui quando esta cidade tinha muita vida… Os de Cafarnaum traziam até aqui o pescado, aqui o salgavam e vendiam para todo o país. Uma cidade de muito ricos e de muitos pobres.
Raquel – Foi aqui que conheceu Maria Madalena?
Jesus – Sim, foi aqui. Ela era muito pobre.
Raquel – Podemos saber em que circunstâncias?
Jesus – Bem, ela era uma mulher só, as que ficavam viúvas ou eram repudiadas pelos maridos, tinham uma vida difícil.
Raquel – E sobre o seu “trabalho” segundo a tradição, ela era prostituta.
Jesus – Boatos. As mulheres sós suportavam o jugo da má reputação. Eu recordo-me daquele dia… depois de caminhar à volta do lago, chegámos aqui a Magdala com João e André. Então, conheci a Maria. Ela abriu seus ouvidos para escutar a mensagem de Deus…
Raquel – Isso foi depois de lhe ter tirado os demónios?
Jesus – Que demónios!.. Más línguas. Dela se dizia que tinha não um mas sete demónios no corpo… Como Maria era forte e não tinha papas na língua, inventaram histórias.
Raquel – Imagino que saiba tudo quanto se escreveu sobre a sua relação com Maria Madalena… Também são invenções?
Jesus – Pois não sei o que terão escrito mas… que queres que te diga? Ela participou no nosso Movimento, acompanhou-nos por todo o lado e se apaixonou pelo Reino de Deus. Encontrar Maria foi como encontrar uma pérola de grande valor. A lâmpada do seu corpo eram os seus olhos… era muito alegre… com ela, o Reino era um banquete, uma festa.
Raquel – Recorda-la com muita emoção…
Jesus – Eu tinha um grande prazer em falar com ela. Confidenciei-lhe muitas coisas… André, João, Santiago e sobre tudo Pedro, ficaram com ciúmes…
Raquel – Olha, Jesus Cristo, vou dizer-te algumas coisas que talvez… bem, nem sei se as digo… mas estas não as encontrei em nenhuma novela ou no Código de Da Vinci.
Jesus – No Código…?
Raquel – Para esta entrevista estive a ler um dos Evangelhos que não constam na Bíblia, os apócrifos. E num deles diz que Maria Madalena foi sua companheira e que o senhor a beijava na boca. Li também que esse discípulo amado de que tanto se fala no Evangelho de João, era, na realidade “a discípula amada” que o senhor mais queria…
Jesus – Na verdade, tudo isso se escreveu em memória dela.
Raquel – Mas o senhor amava-a?
Jesus – Sim, queria-lhe muito.
Raquel – Queria-lhe como mulher?
Jesus – Que queres saber, Raquel? Se tive relações com ela?
Raquel – O senhor desculpe a pergunta, compreendo que é um pouco indiscreto mas em torno da sua relação com Maria Madalena há muito mistério.
Jesus – O amor é sempre um mistério. Por isso, Deus, o maior amor, é o maior dos mistérios…
Raquel – Então, o senhor e ela… entre os dois…?
Jesus – Na minha terra diz-se que “entre os três não há segredo”. Não perguntes mais, Raquel, não faz falta.
Raquel – Das ruínas da cidade onde, pela primeira vez, se encontraram Jesus e Maria de Magdala, Raquel Perez.
NOTA
O Cristianismo Oriental presta honras a Maria Madalena pela sua proximidade a Jesus considerando-a “igual aos apóstolos”. No Ocidente desenvolveu-se a ideia de que, antes de conhecer Jesus, Maria Madalena tinha-se dedicado à prostituição, identificando-a com outras mulheres “pecadoras” que aparecem nos Evangelhos (Lucas 7. 36)
A imagem de Maria Madalena arrependida e penitente, domina a arte e a literatura ocidental. Em 1969, a Igreja Católica que reconhece Maria Madalena como Santa, retirou do calendário litúrgico o adjectivo “penitente” que tradicionalmente lhe atribuía e deixou de usar nas missas esse texto de Lucas. Contudo, apesar destas mudanças, a ideia da prostituta arrependida continua predominando.
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