Finalmente… “As Medidas”
Pessoas não vocacionadas para assumir responsabilidades na governação do país, apoiadas por máquinas partidárias preocupadas com a satisfação de interesses e projectos pessoais e familiares, conduziram o país ao longo dos últimos anos, de uma forma progressiva, à situação em que neste momento se encontra.
Não me queixo da democracia, queixo-me, isso sim, da qualidade das pessoas que se envolveram em funções de poder, o mesmo é dizer, queixo-me dos portugueses que transportaram para a política – não sei se seria de esperar outra coisa – os defeitos ancestrais característicos de um povo: individualismo, indisciplina, falta de rigor e pouco apreço, senão mesmo desprezo, pela “coisa pública”.
A situação a que se chegou era percebida pelas pessoas mais ou menos atentas à realidade para quem estas medidas, e outras que ainda virão, não constituem surpresa.
Em função da riqueza que o país produz temos uma classe média que vive demasiado bem, para além de um grupo de pessoas, não tão restrito como possamos pensar, de gestores, assessores e dirigentes, na sua quase totalidade ligadas aos partidos do poder, escandalosamente bem pagas criando desigualdades sociais gravíssimas. Do outro lado, uma massa enorme de pensionistas e desempregados que cada vez irá contar menos tostões.
Governar talvez tenha sido sempre a arte de manipular mas ultimamente ganha foros de descaramento. Os cidadãos estão apreensivos, fragilizados, receosos.
Que será do futuro do país quando os governantes hoje dizem uma “coisa” e no outro dia apresentam-se como “homens de muita coragem” apenas porque, em actos, se desdizem do dia anterior?
Infelizmente, do ponto de vista político, as alternativas credíveis e fiáveis não se vislumbram. Dá a sensação que as “pessoas boas” deste país desistiram, abandonaram ou foram escorraçadas da política activa.
Resta-nos a esperança de um país com muitos séculos de existência cheio de dificuldades, vicissitudes, privações e que com grandes sacrifícios da população conseguiu sobreviver.
Está em curso um projecto europeu. É ele a nova realidade destes tempos, a maior esperança no futuro não só para nós como para todos os países da europa. Com estes padrões de vida, isoladamente, cada um por si, não temos escapatória. A globalização, os novos grandes países emergentes, a concorrência comercial entre povos com diferentes níveis de conquista de direitos no trabalho, colocam novos desafios só possíveis de enfrentar com imaginação, inteligência, trabalho e de uma forma concertada num espaço alargado.
Há muito que deveríamos ter começado a arrumar a nossa casa… com ela desarrumada somos um peso e não um contributo… Impõe-se corrigir vícios, abusos e desgovernos numa altura em que um erro destes passa a crime.
Como exemplo, (negativo) aquele senhor, vogal de “qualquer coisa”, que foi de Lisboa ao Porto, (ida e volta), de avião, a uma reunião e mandou o motorista no automóvel de serviço pela auto-estrada para o esperar e o levar ao aeroporto de Pedras Rubras. No regresso, como o carro ainda não é tão rápido como o avião, lá teve que ir de táxi do aeroporto para casa… (Diário de Noticias de hoje, dia 30).
Não me queixo da democracia, queixo-me, isso sim, da qualidade das pessoas que se envolveram em funções de poder, o mesmo é dizer, queixo-me dos portugueses que transportaram para a política – não sei se seria de esperar outra coisa – os defeitos ancestrais característicos de um povo: individualismo, indisciplina, falta de rigor e pouco apreço, senão mesmo desprezo, pela “coisa pública”.
A situação a que se chegou era percebida pelas pessoas mais ou menos atentas à realidade para quem estas medidas, e outras que ainda virão, não constituem surpresa.
Em função da riqueza que o país produz temos uma classe média que vive demasiado bem, para além de um grupo de pessoas, não tão restrito como possamos pensar, de gestores, assessores e dirigentes, na sua quase totalidade ligadas aos partidos do poder, escandalosamente bem pagas criando desigualdades sociais gravíssimas. Do outro lado, uma massa enorme de pensionistas e desempregados que cada vez irá contar menos tostões.
Governar talvez tenha sido sempre a arte de manipular mas ultimamente ganha foros de descaramento. Os cidadãos estão apreensivos, fragilizados, receosos.
Que será do futuro do país quando os governantes hoje dizem uma “coisa” e no outro dia apresentam-se como “homens de muita coragem” apenas porque, em actos, se desdizem do dia anterior?
Infelizmente, do ponto de vista político, as alternativas credíveis e fiáveis não se vislumbram. Dá a sensação que as “pessoas boas” deste país desistiram, abandonaram ou foram escorraçadas da política activa.
Resta-nos a esperança de um país com muitos séculos de existência cheio de dificuldades, vicissitudes, privações e que com grandes sacrifícios da população conseguiu sobreviver.
Está em curso um projecto europeu. É ele a nova realidade destes tempos, a maior esperança no futuro não só para nós como para todos os países da europa. Com estes padrões de vida, isoladamente, cada um por si, não temos escapatória. A globalização, os novos grandes países emergentes, a concorrência comercial entre povos com diferentes níveis de conquista de direitos no trabalho, colocam novos desafios só possíveis de enfrentar com imaginação, inteligência, trabalho e de uma forma concertada num espaço alargado.
Há muito que deveríamos ter começado a arrumar a nossa casa… com ela desarrumada somos um peso e não um contributo… Impõe-se corrigir vícios, abusos e desgovernos numa altura em que um erro destes passa a crime.
Como exemplo, (negativo) aquele senhor, vogal de “qualquer coisa”, que foi de Lisboa ao Porto, (ida e volta), de avião, a uma reunião e mandou o motorista no automóvel de serviço pela auto-estrada para o esperar e o levar ao aeroporto de Pedras Rubras. No regresso, como o carro ainda não é tão rápido como o avião, lá teve que ir de táxi do aeroporto para casa… (Diário de Noticias de hoje, dia 30).
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