GREVE GERAL
No Diário de Notícias de hoje, 25, sob o título - “Grande alegria” na jornada de descontentamento - Carvalho da Silva e João Proença ostentam na fotografia conjunta um sorriso de orelha a orelha: “Unidos na greve e na proclamação do sucesso”.
Desculpem, mas aqueles sorrisos abertos, rasgados, de alegria e felicidade causaram-me uma sensação estranha, tão estranha como a presença de um palhaço aos saltos num cortejo fúnebre.
De que riem aqueles senhores, de onde lhes vem aquela despropositada alegria?
Então o país está angustiado, com futuro incerto, sem sabermos como vai ser o dia de amanhã e eles, representantes dos trabalhadores, os mais atingidos nesta situação, sorriem de orelha a orelha com a alegria do sucesso da greve?
Será que os trabalhadores que eles representam não se sentirão ofendidos com aquela manifestação de inusitada alegria?
Deprimidos com a dúvida, a terrível dúvida, sobre o que lhes reserva o futuro imediato, uns sem emprego e perspectivas de o arranjar, outros com o credo na boca para manterem o que têm, como se sentirão eles perante aqueles sorrisos que só a alegria da vitória permite e explica. Vitória... de quem?
Que lutem, que tomem em nome dos trabalhadores as decisões que julguem mais acertadas mas, por favor, mesmo sabendo que o rendimento dos vossos agregados familiares não correm riscos, tirem da cara esses sorrisos de satisfação.
Melhor que ninguém conhecem a dolorosa realidade: o futuro de Portugal está lá fora, quase todo em Bruxelas e nos “mercados”, “espíritos malignos” que nos perseguem fazendo subir, quase diariamente, a taxa de juros dos empréstimos que temos de continuar a contrair para podermos viver.
Será que eles conseguiram algum sucesso no combate à política irresponsável que ao longo das últimas duas ou três dezenas de anos nos conduziram à situação em que nos encontramos?
Se não conseguiram, se o seu contributo para evitarem esta situação foi nulo, então, aqueles dois senhores riem, de quê?
Desculpem, mas aqueles sorrisos abertos, rasgados, de alegria e felicidade causaram-me uma sensação estranha, tão estranha como a presença de um palhaço aos saltos num cortejo fúnebre.
De que riem aqueles senhores, de onde lhes vem aquela despropositada alegria?
Então o país está angustiado, com futuro incerto, sem sabermos como vai ser o dia de amanhã e eles, representantes dos trabalhadores, os mais atingidos nesta situação, sorriem de orelha a orelha com a alegria do sucesso da greve?
Será que os trabalhadores que eles representam não se sentirão ofendidos com aquela manifestação de inusitada alegria?
Deprimidos com a dúvida, a terrível dúvida, sobre o que lhes reserva o futuro imediato, uns sem emprego e perspectivas de o arranjar, outros com o credo na boca para manterem o que têm, como se sentirão eles perante aqueles sorrisos que só a alegria da vitória permite e explica. Vitória... de quem?
Que lutem, que tomem em nome dos trabalhadores as decisões que julguem mais acertadas mas, por favor, mesmo sabendo que o rendimento dos vossos agregados familiares não correm riscos, tirem da cara esses sorrisos de satisfação.
Melhor que ninguém conhecem a dolorosa realidade: o futuro de Portugal está lá fora, quase todo em Bruxelas e nos “mercados”, “espíritos malignos” que nos perseguem fazendo subir, quase diariamente, a taxa de juros dos empréstimos que temos de continuar a contrair para podermos viver.
Será que eles conseguiram algum sucesso no combate à política irresponsável que ao longo das últimas duas ou três dezenas de anos nos conduziram à situação em que nos encontramos?
Se não conseguiram, se o seu contributo para evitarem esta situação foi nulo, então, aqueles dois senhores riem, de quê?
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