ENTREVISTA FICIONADA
COM JESUS CRISTO Nº 80 SOB O TEMA:
- “A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR”
RAQUEL - A Palestina 2.000 anos atrás era um país ocupado. A violência quotidiana, o terror das tropas romanas e a resistência armada da população. Uma situação semelhante à que existe hoje em várias partes do mundo. Connosco, mais uma vez, Jesus Cristo.
JESUS - Obrigado, Raquel, por me dares a oportunidade de falar mais uma vez com tanta gente que não vejo mas que nos escuta.
RAQUEL - Disse-nos que no seu tempo, na Galileia, havia guerrilha rural e em Jerusalém guerrilha urbana e que o seu grupo acolheu mais de um guerrilheiro zelota. Foi assim?
JESUS - Sim, mais de um ou dois ...
RAQUEL - Mas o senhor não optou pela luta armada. Por quê?
JESUS - A prioridade foi a de abrir os olhos e ouvidos do povo. A águia tem duas garras e com as duas agarra. A minha cidade foi uma presa para as tropas estrangeiras, mas não foram só os romanos. Os sacerdotes do Templo também tinham as pessoas agarradas pelo medo. Soldados e sacerdotes: duas garras.
RAQUEL - Conte-nos mais...
JESUS - Os romanos sangraram-nos com impostos e aterrorizaram-nos com as suas armas. Os sacerdotes anestesiaram-nos com o Deus que pregavam. Construíram o reino do diabo, nós anunciamos o Reino de Deus.
RAQUEL - Tanto poder assim tinham os sacerdotes?
JESUS - O Templo, era um grande negócio: a venda de animais para os sacrifícios, o câmbio das moedas, o comércio das coisas de Deus. A própria Lei da igreja tinha um jugo pesado: o jejum, a esmola, o dízimo ... e tinham medo, Raquel, pregavam um Deus que ignorava os doentes, as mulheres e os pobres.
RAQUEL - E as pessoas resignavam-se?
JESUS – As pessoas estavam cegas, surdas, paralizadas…
RAQUEL – O senhor enfrentou esse poder. Era um revolucionário?
JESUS - Eu dizia: ninguém é superior, todos somos irmãos e irmãs e Deus é o único Senhor.
RAQUEL – E por dizer essas coisas o poder religioso perseguiu-o. Considera-se um rebelde, um herege?
JESUS – Sim, quiseram-me apedrejar por heresia várias vezes. Fui expulso da sinagoga e o Sumo Sacerdote condenou-me à morte por blasfémia.
RAQUEL – O senhor foi tolerante com o poder político. O senhor concordou em pagar impostos para o imperador de Roma.
JESUS - O que é que disseste?
RAQUEL - Refiro-me à sua famosa frase, mencionando todos os políticos do mundo: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Por outras palavras: a César os impostos e a glória a Deus.
JESUS - Não, eu não disse isso, Raquel. Eu disse:
- “Não dai a César aquilo que não é de César”. Foi isto que eu disse!
RAQUEL – Perfeitamente ao contrário, então?
JESUS – Completamente. Esse homem, César, julgava-se Deus: arrogante e orgulhoso. Gravou o seu rosto nas moedas.
RAQUEL - A Palestina 2.000 anos atrás era um país ocupado. A violência quotidiana, o terror das tropas romanas e a resistência armada da população. Uma situação semelhante à que existe hoje em várias partes do mundo. Connosco, mais uma vez, Jesus Cristo.
JESUS - Obrigado, Raquel, por me dares a oportunidade de falar mais uma vez com tanta gente que não vejo mas que nos escuta.
RAQUEL - Disse-nos que no seu tempo, na Galileia, havia guerrilha rural e em Jerusalém guerrilha urbana e que o seu grupo acolheu mais de um guerrilheiro zelota. Foi assim?
JESUS - Sim, mais de um ou dois ...
RAQUEL - Mas o senhor não optou pela luta armada. Por quê?
JESUS - A prioridade foi a de abrir os olhos e ouvidos do povo. A águia tem duas garras e com as duas agarra. A minha cidade foi uma presa para as tropas estrangeiras, mas não foram só os romanos. Os sacerdotes do Templo também tinham as pessoas agarradas pelo medo. Soldados e sacerdotes: duas garras.
RAQUEL - Conte-nos mais...
JESUS - Os romanos sangraram-nos com impostos e aterrorizaram-nos com as suas armas. Os sacerdotes anestesiaram-nos com o Deus que pregavam. Construíram o reino do diabo, nós anunciamos o Reino de Deus.
RAQUEL - Tanto poder assim tinham os sacerdotes?
JESUS - O Templo, era um grande negócio: a venda de animais para os sacrifícios, o câmbio das moedas, o comércio das coisas de Deus. A própria Lei da igreja tinha um jugo pesado: o jejum, a esmola, o dízimo ... e tinham medo, Raquel, pregavam um Deus que ignorava os doentes, as mulheres e os pobres.
RAQUEL - E as pessoas resignavam-se?
JESUS – As pessoas estavam cegas, surdas, paralizadas…
RAQUEL – O senhor enfrentou esse poder. Era um revolucionário?
JESUS - Eu dizia: ninguém é superior, todos somos irmãos e irmãs e Deus é o único Senhor.
RAQUEL – E por dizer essas coisas o poder religioso perseguiu-o. Considera-se um rebelde, um herege?
JESUS – Sim, quiseram-me apedrejar por heresia várias vezes. Fui expulso da sinagoga e o Sumo Sacerdote condenou-me à morte por blasfémia.
RAQUEL – O senhor foi tolerante com o poder político. O senhor concordou em pagar impostos para o imperador de Roma.
JESUS - O que é que disseste?
RAQUEL - Refiro-me à sua famosa frase, mencionando todos os políticos do mundo: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Por outras palavras: a César os impostos e a glória a Deus.
JESUS - Não, eu não disse isso, Raquel. Eu disse:
- “Não dai a César aquilo que não é de César”. Foi isto que eu disse!
RAQUEL – Perfeitamente ao contrário, então?
JESUS – Completamente. Esse homem, César, julgava-se Deus: arrogante e orgulhoso. Gravou o seu rosto nas moedas.
Eu disse: Não dêem o que eles pedem. Coloquem-no no lugar, ele é apenas um homem. E a Deus o que é de Deus. Deus está acima de tudo.
RAQUEL - Então o senhor não aprova o pagamento de impostos?
JESUS - Como podia eu aprovar que as pessoas pagassem impostos para um império estrangeiro de ocupação da minha terra e do meu povo? Como prestar homenagens a um homem que achava que era Deus?
RAQUEL - E por que é que as suas palavras levaram uma volta tão grande nos Evangelhos?
JESUS - Eu não te disse que vivíamos aterrorizados pelos romanos? Parece que quem escreveu mais tarde sobre o Reino de Deus continuava com os joelhos a tremer perante o poder de Roma.
RAQUEL - Nesse mundo violento, tão semelhante ao nosso, qual foi o projecto político de Jesus Cristo?
RAQUEL - Então o senhor não aprova o pagamento de impostos?
JESUS - Como podia eu aprovar que as pessoas pagassem impostos para um império estrangeiro de ocupação da minha terra e do meu povo? Como prestar homenagens a um homem que achava que era Deus?
RAQUEL - E por que é que as suas palavras levaram uma volta tão grande nos Evangelhos?
JESUS - Eu não te disse que vivíamos aterrorizados pelos romanos? Parece que quem escreveu mais tarde sobre o Reino de Deus continuava com os joelhos a tremer perante o poder de Roma.
RAQUEL - Nesse mundo violento, tão semelhante ao nosso, qual foi o projecto político de Jesus Cristo?
Não perca a nossa próxima entrevista. Raquel Perez, Jerusalém.
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