TEREZA BATISTA
Quando souberam que eu ia voltar àquelas bandas, então me pediram para eu trazer notícias de Tereza Batista e tirar a limpo uns tantos acontecidos – o que não falta no mundo é gente curiosa, pois não.
Assim foi que andei assuntando, por aqui e por ali, nas feiras do sertão e na beira do cais e, com o tempo e a confiança, pouco a pouco puseram-me a par de enredos e tramas, uns engraçados outros tristes, cada qual à sua maneira e conforme sua compreensão. Juntei quanto pude ouvir e entender, pedaços de histórias, sons de harmónicas, passos de dança, gritos de desespero, ais de amor, tudo de mistura e atropelo, para os desejosos de informações sobre a moça de cobre, seus afazeres e correrias.
Grande coisa não tenho para narrar, o povo de lá não é de muita conversa e quem mais sabe menos diz para não tirar diploma de mentiroso.
Essas andanças de Tereza Batista se passaram naquele país situado nas margens do rio Real, nos limites da Bahia e do Sergipe adentro um bom pedaço; ali e também na capital. Território habitado por uma nação de caboclos e pardos, cafuzos, gente de pouca pabulagem e de muito agir, menos os da capital, sestrosos mulatos de canto e batuque. Quando me refiro à capital geral desses povos do Norte, todos entendem que falo da cidade da Bahia, por alguns dita Salvador ninguém sabe porquê. Também não importa discutir nem contrariar quando o nome da Bahia já se estende até à corte de França e aos gelos da Alemanha, sem falar na costa de África.
Me desculpem se eu não contar tudo, tintim por tintim, não faço por não saber – e será que existe no mundo quem saiba toda a verdade de Tereza Batista, sua labuta, seu lazer?
Não creio nem muito menos.
Quando souberam que eu ia voltar àquelas bandas, então me pediram para eu trazer notícias de Tereza Batista e tirar a limpo uns tantos acontecidos – o que não falta no mundo é gente curiosa, pois não.
Assim foi que andei assuntando, por aqui e por ali, nas feiras do sertão e na beira do cais e, com o tempo e a confiança, pouco a pouco puseram-me a par de enredos e tramas, uns engraçados outros tristes, cada qual à sua maneira e conforme sua compreensão. Juntei quanto pude ouvir e entender, pedaços de histórias, sons de harmónicas, passos de dança, gritos de desespero, ais de amor, tudo de mistura e atropelo, para os desejosos de informações sobre a moça de cobre, seus afazeres e correrias.
Grande coisa não tenho para narrar, o povo de lá não é de muita conversa e quem mais sabe menos diz para não tirar diploma de mentiroso.
Essas andanças de Tereza Batista se passaram naquele país situado nas margens do rio Real, nos limites da Bahia e do Sergipe adentro um bom pedaço; ali e também na capital. Território habitado por uma nação de caboclos e pardos, cafuzos, gente de pouca pabulagem e de muito agir, menos os da capital, sestrosos mulatos de canto e batuque. Quando me refiro à capital geral desses povos do Norte, todos entendem que falo da cidade da Bahia, por alguns dita Salvador ninguém sabe porquê. Também não importa discutir nem contrariar quando o nome da Bahia já se estende até à corte de França e aos gelos da Alemanha, sem falar na costa de África.
Me desculpem se eu não contar tudo, tintim por tintim, não faço por não saber – e será que existe no mundo quem saiba toda a verdade de Tereza Batista, sua labuta, seu lazer?
Não creio nem muito menos.
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