INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 83 SOB O TEMA:
“OS JUDEUS MATARAM JESUS?” (3)
As Origens do Preconceito
A crença de que não foram as autoridades romanas e os líderes religiosos judeus que mataram Jesus, mas sim o povo judeu, é um preconceito antigo e profundamente enraizado.
No início da era cristã, a população judaica foi estimada em oito milhões de pessoas, distribuídas pela Judeia e Galileia, entre Alexandria, Cirenaica (norte da África), a Babilónia, Antioquia, Êfeso e Roma.
Esta dispersão, aliada à influência da cultura helenística, provocou atitudes anti-semitas em alguns períodos por razões de concorrência comercial, diferenças religiosas e atitudes políticas dos judeus que vieram a ocupar altos cargos públicos em algumas dessas cidades.
De anti-semitismo já se tinham registado vestígios desde Paulo que, apesar de judeu, teve uma forte influência helenística e viveu com o objectivo de tornar extensivo o cristianismo a populações não-judaicas.
Nos textos dos evangelhos também há base para sustentar o anti-semitismo.
De acordo com o historiador judeu Daniel Goldhagen, existem 40 passagens anti-semitas no Evangelho de Marcos, 80 em Mateus, 130 no de João e 140 nos Atos dos Apóstolos.
Há que ter em conta que apenas 40 anos após a morte de Jesus - e os evangelhos foram escritos mais tarde - Jerusalém e o Templo foram destruídos pelas tropas romanas, dando-se início à diáspora judaica.
Desde então, o povo judeu agarrou-se às Escrituras como um símbolo de identidade nacional. Nesta situação de desenraizamento, os judeus viram nas comunidades cristãs nascentes uma dissidência que poderia dividi-los e dispersá-los ainda mais. Gerou-se, então, um preconceito anti-cristão entre o povo judeu. A lamentável separação entre judeus e cristãos estava aumentando.
Anti-semitismo e preconceito religioso, social, cultural e político, não deixaram de enraizar-se a partir daí até porque o cristianismo tornou-se religião oficial do império e começou um "anti-semitismo da Igreja Cristã", para além de anti-judaísmo que existia anteriormente por parte do mundo.
No início da era cristã, a população judaica foi estimada em oito milhões de pessoas, distribuídas pela Judeia e Galileia, entre Alexandria, Cirenaica (norte da África), a Babilónia, Antioquia, Êfeso e Roma.
Esta dispersão, aliada à influência da cultura helenística, provocou atitudes anti-semitas em alguns períodos por razões de concorrência comercial, diferenças religiosas e atitudes políticas dos judeus que vieram a ocupar altos cargos públicos em algumas dessas cidades.
De anti-semitismo já se tinham registado vestígios desde Paulo que, apesar de judeu, teve uma forte influência helenística e viveu com o objectivo de tornar extensivo o cristianismo a populações não-judaicas.
Nos textos dos evangelhos também há base para sustentar o anti-semitismo.
De acordo com o historiador judeu Daniel Goldhagen, existem 40 passagens anti-semitas no Evangelho de Marcos, 80 em Mateus, 130 no de João e 140 nos Atos dos Apóstolos.
Há que ter em conta que apenas 40 anos após a morte de Jesus - e os evangelhos foram escritos mais tarde - Jerusalém e o Templo foram destruídos pelas tropas romanas, dando-se início à diáspora judaica.
Desde então, o povo judeu agarrou-se às Escrituras como um símbolo de identidade nacional. Nesta situação de desenraizamento, os judeus viram nas comunidades cristãs nascentes uma dissidência que poderia dividi-los e dispersá-los ainda mais. Gerou-se, então, um preconceito anti-cristão entre o povo judeu. A lamentável separação entre judeus e cristãos estava aumentando.
Anti-semitismo e preconceito religioso, social, cultural e político, não deixaram de enraizar-se a partir daí até porque o cristianismo tornou-se religião oficial do império e começou um "anti-semitismo da Igreja Cristã", para além de anti-judaísmo que existia anteriormente por parte do mundo.
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