sábado, maio 28, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

À ENTREVISTA Nº 96 SOB O TEMA:

“O MESSIAS ESPERADO?” (2)



O Proletariado Messiânico



Edgar Morin, antropólogo, filósofo e sociólogo francês explica as raízes da idéia de Cristo como um libertador, e também de um Messias coletivo na cultura judaica:

- "A idéia de povo escolhido é fundamental para a religião judaica, como a idéia de um Messias Salvador. No pensamento judeu secular, Karl Marx, o "escolhido", o "ungido" é o proletariado e a sua missão messiânica é para salvar a humanidade: a classe proletária salvá-la-á. A noção do Messias, que é a junção entre o judeu e o mundo cristão, reaparece em Marx. Para ele o Messias virá, não num tempo indeterminado mas num concreto. Ele já aí está a fazer o trabalho messiânico, ou seja, a salvação. A salvação cristã é a salvação post mortem e supraterrestre. O marxista é a salvação na Terra."

Na Tradição dos Profetas




Jesus fala com confiança a Rachel num Messias coletivo. Suas palavras são baseadas em textos proféticos, especialmente na história de "ossos secos", uma das páginas mais sugestivo do profeta Ezequiel (37,1-14).



Paulo também recuperou a idéia de um Messias coletivo (1 Coríntios 12,1-29 e 13-11). Desde o profeta Miquéias (Miquéias 2,12-13) começou a invadir a mentalidade de Israel a idéia de um messianismo dos pobres: um "resto" do povo de Israel, em cativeiro na Babilônia, seria o portador das promessas messiânicas ( Sofonias 3,11-13).



Fiel a essa tradição, Jesus nunca reivindicou o monopólio da atividade messiânica. Assumiu-se como integrando um messianismo de pessoas humildes e pobres e não um messianismo individual, personalizado e triunfalismo esperado por muitos de seus compatriotas.

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