INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 97 SOB O TEMA:
“O NOME DE DEUS?” (3)
A "Guerra Santa"
Houve violência e ainda a há no Islão, dentro islamismo, entre outras razões, porque o seu profeta, Maomé (Muhammad), para além de ser creditado, perante os seus seguidores, como tendo recebido a revelação divina do Corão, foi um guerreiro coroado por sucessos militares.
Depois das conquistas militares de Maomé, a fé muçulmana difundiu-se, principalmente por canais pacíficos: comércio e pregação dos missionários. A partir do século VIII, as conquistas militares do Islão como as da Península Ibérica, levaram a uma dominação política debaixo da qual as três religiões monoteístas coexistiram pacificamente: o islamismo, o cristianismo e o judaísmo. No entanto, o Islão está marcado pelo conflito.
De acordo com Dominique Urvoy, Professor de Islamologia, na Universidade de Toulouse-Le Mirail, França, desde a sua fundação, o islamismo estava marcado pela divisão. De acordo com Urvoy, “O Islão se construiu sobre uma oposição tripla. A oposição do profeta Maomé aos outros profetas contemporâneos. Depois a oposição entre os que acreditavam e os que não acreditavam e, finalmente, a oposição entre os herdeiros do Profeta e os "usurpadores" que culminou na divisão entre xiitas e sunitas”. Esta oposição trouxe também inúmeras guerras entre facções muçulmanas.
Até hoje, continua a citar o Corão como um texto que exorta os muçulmanos à jihad, palavra que não está correctamente traduzida como "guerra santa" mas sim como apenas "o esforço no caminho até Deus."
E isso significa um esforço moral contra as próprias imperfeições feitas em nome de Deus. Na opinião dos verdadeiros muçulmanos, somente um caso extremo requer o esforço de guerra para lutar militarmente contra os inimigos da fé.
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