quinta-feira, dezembro 08, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTREVISTA Nº 29 SOBRE O TEMA:


“CUROU ENFERMOS?”(4)


Milagres são Sinais



Se se aplicar nas histórias dos milagres dos Evangelhos uma crítica literária rigorosa, que alguns estão duplicados (compare Marcos 10, 46-52 com Mateus 20, 29-34), outros ampliados e outros adornados. Tudo isso indica que, embora haja um núcleo de verdade histórica nas curas de Jesus, os Evangelhos não devem ser interpretados como um catálogo de maravilhas realizadas por um super-homem poderoso, mas como sinais de libertação.


Para enfatizar essa perspectiva, referindo-se aos "milagres" de Jesus, o Evangelho de João usa sempre a palavra grega "semeion" (sinal de mais). Usando esta palavra, evita-se equiparar o facto que se relata a um prodígio físico e espectacular apresentando-o, sobretudo como um sinal de que Deus quer a vida e nos liberta. Nos liberta da doença, tristeza, angústia e melancolia associados à doença.


Mais desespero ainda causava a doença na época de Jesus, já que era total a ignorância científica sobre a origem das doenças, acreditando-se que elas eram um castigo de Deus pelo pecado ou uma prova a que Deus sujeitava as pessoas para obter as suas reacções, saber até onde elas suportavam a dor e o sofrimento sem pecarem maldizendo Deus.

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