quarta-feira, abril 04, 2012

INFORMAÇÕES COMPLENTARES

À ENTREVISTA Nº 44 SOBRE O TEMA:
“O INFERNO EXISTE?” (5)

"Ele Desceu ao Inferno"


A ideia de um céu ou um inferno – incluindo purgatório, ou mesmo "lugares" de limbo - como coisas concretas é uma tradição muito arraigada da teologia cristã mais tradicional. O quarto Concílio de Letrão (1215) definiu como doutrina de fé esses "lugares", ao afirmar que ao morrer Jesus Cristo "desceu ao inferno", frase que passou literalmente a oração do Credo rezada pelos cristãos. A história desta descida ocorre num dos muitos evangelhos apócrifos, o "Evangelho de Nicodemos", considerado herético nos primeiros séculos do cristianismo.


O "inferno", onde Jesus teria caído era diferente do "inferno". Era um lugar onde as pilhas de recém-mortos-vivos em pecado mortal, esperam um "redentor" que os vá "salvar". Jesus Cristo teria ido lá para resgatar as "almas" daqueles que morreram antes dele e o esperavam para subirem ao céu três dias depois.


E assim é explicado no Catecismo da Igreja Católica (Nºs 633-637), onde este texto aparece, a partir de uma homilia antiga do Sábado Santo: “A terra tremeu e ficou calma porque Deus se fez carne para despertar aqueles que dormiam há séculos ...Foi buscar Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quis visitar todos os que estavam nas trevas e na sombra da morte. Foi libertar Adão acorrentado à sua dor e a Eva, em cativeiro com ele…”


O "inferno" real a que Jesus baixou foram as masmorras da Fortaleza Antónia, para onde foi levado para ser cruelmente torturado pelos soldados romanos antes de ser condenado à morte. Este "inferno" existia na sua época e ainda hoje existe: os campos de concentração, câmaras de gás, prisões secretas com celas onde humanos torturam e matam outros humanos.

Site Meter