SOBRE A ENTREVISTA Nº 52
SOBRE O TEMA:
“AS MULHERES PRIMEIRO?” (7 e últ.)
Suécia: Uma Experiência de Sucesso
Excelentes resultados validam a lei sueca. Nos primeiros cinco anos de vigência da
lei o número de prostitutas nas ruas de Estocolmo foi reduzida em dois terços e
os clientes em 80%. Em outras cidades suecas o comércio do sexo nas ruas quase
desapareceu. Foram também desaparecendo
bordéis e casas de massagens que os encobriam. Também diminuiu o tráfico de mulheres
estrangeiras enviadas para a Suécia para a prostituição. O governo sueco disse que nos últimos
anos apenas 200 a
400 mulheres e meninas vieram para a Suécia para esse fim, muito pouco em
comparação com as 15 a
17 mil que chegavam da vizinha Finlândia. Segundo
as sondagens, 80% da população sueca apoia a lei.
A experiência sueca é solitária, mas
bem sucedida. É exemplar. Finlândia e Noruega querem seguir esse
caminho. Está comprovado que a
criminalização da prostituição não funciona. Nem
a regulamentação ou a legalização. Um
estudo realizado pela Universidade de Londres em 2003 mostrou que a legalização
ou regulamentação sempre levam a um aumento dramático em todas as facetas da
indústria do sexo e o crime organizado, a um dramático aumento da prostituição
infantil e tráfico de meninas e mulheres para fins sexuais e aumento da
violência contra as mulheres.
Nota – Perante esta experiência com tão
bons resultados na Suécia pergunta-se qual a razão porque outros países não a
põem em prática dentro das suas fronteiras.
Só há uma resposta: falta de vontade
política em acabar com um negócio que aproveita a demasiada gente. Um “statu
quo” há tanto tempo instalado na sociedade terá criado raízes que se
transformaram numa rede de interesses muito poderosos.
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