sexta-feira, novembro 16, 2012


Vendedor de Cachorros

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
 
Preocupando-se com a divulgação do seu negócio, colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.

As vendas foram aumentando e ele insistia cada vez mais comprando o melhor pão e as melhores salsichas. Assim, foi
 necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.

O negócio prosperava... Os seus cachorros-quentes eram os melhores!

Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho que acabou a estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado voltou para casa e vendo que o que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, teve uma séria conversa com ele:

- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é muito crítica. Há que economizar!

Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e Internet e acha isto, então só pode ter razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato e, é claro, pior; começou a comprar salsichas mais baratas, que já não eram tão boas e para economizar ainda mais deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.

Abatido pela notícia da crise, triste e deprimido, já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas estas “providências”, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis. O negócio de cachorros-quentes do homem que antes gerava recursos... faliu.

O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso:
- Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...

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