segunda-feira, março 25, 2013


O Senhor Jesus


Num destes últimos dias do período da Páscoa, pelo fim da tarde, uma senhora acompanhada de um jovem bateu-me à porta de casa para me perguntar se eu estava interessado em participar num evento do senhor Jesus.

Quando percebi a que senhor Jesus ela se referia hesitei em dizer-lhe que tinha uma grande admiração e respeito por Jesus mas era o Jesus histórico. Calei-me… para ela só havia um Jesus que não era o histórico mas, dizer-lhe isso, podia ser considerado provocatório ou desafiador. Como justificação esclareci-a, apenas, que não era religioso nem crente.

 A senhora, com alguma comiseração na voz, respondeu-me que compreendia… e começou a descer os degraus. Interrompi-a no movimento para lhe dizer que eu também compreendia que ela fosse crente, religiosa e devota do senhor Jesus.

Agradeceu, despediu-se e continuou a descer as escadas.

Estou certo que ela não percebeu a minha “compreensão”. Eu estava, na minha qualidade de não crente, a pôr-me num plano de igualdade, dando-lhe a entender que eu era tão merecedor da compreensão dela como ela da minha.

Os crentes, na sua quase totalidade, têm pena dos não crentes e estou quase certo que rezam por eles, pela salvação das suas almas.

Consideram-nos uma espécie de “aleijadinhos” a quem falta qualquer coisa. A uns um braço ou uma perna, a eles a fé. 

Credores da sua compreensão, do seu amor em Cristo porque ele afirmou que os homens eram todos iguais, seguem a sua palavra e amam-nos como uma das formas de lhe obedecerem e ganharem o céu.

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