quarta-feira, junho 12, 2013

A História de Israel
(continuação)



Com as pressões se avolumando, a Grã-Bretanha decide abrir mão da administração da Palestina e entrega a administração da região à Organização das Nações Unidas (ONU).
O aumento dos conflitos entre judeus, ingleses e árabes forçou a reunião da Assembleia Geral da ONU, realizada em 29 de Novembro de 1947, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha a decidir pela divisão da Palestina Britânica em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união económica e aduaneira.
A decisão foi bem recebida pela maioria das lideranças sionistas, embora tenha recebido críticas de outras organizações, por não permitir o estabelecimento do estado judeu em toda a Palestina. Mas a Liga Árabe não aceitou o plano de partilha. Deflagra-se, então, uma guerra entre judeus e árabes.
Na sexta-feira, 14 de Maio de 1948, algumas horas antes do término do mandato britânico sobre a Palestina (o horário do término do mandato foi determinado pela ONU para as 12:00 do dia 15 de Maio) - David Ben Gurion assinou a Declaração de Independência do Estado de Israel.
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Em Janeiro de 1949, Israel realiza suas primeiras eleições parlamentares e aprova leis para assegurar o controle educacional, além do direito de retorno ao país para todos os judeus. A economia floresce com o apoio estrangeiro e remessas particulares.

 No período entre a Declaração de Independência e a Guerra de Independência, Israel recebeu cerca de 850 mil imigrantes, em especial sobreviventes de guerra e judeus oriundos dos países árabes (sefaraditas e Mizrahim).
Ainda no período da Independência foi executada a Operação Tapete Mágico, para resgatar os judeus do Iémen.
Até o fim de 1951 desembarcaram em Israel 37 mil judeus da Bulgária, 30 mil da Líbia e 118.940 da Roménia121.512 judeus iraquianos foram resgatados pela Operação Esdras e Nehemias.
 No total, o número de judeus resgatados nos primeiros anos de existência de Israel foi de 684.201, mais do que toda a população judaica de Israel em 1948. Dois terços destes imigrantes foram instalados em pequenos núcleos urbanos no interior. 35.700 em moshavim recentemente criados e 16.000 emkibbutzim.
Entre 1952 e 1954, o número total de imigrantes foi de 51.463. Em 1955, iniciou-se uma nova onda de imigração. Até 1957 chegariam ao país 162.308 novos moradores, em sua maioria do Marrocos, da Tunísia e da Polónia.
Os movimentos nacionalistas nos países do Norte da África empurraram os judeus destes países à aliá.
Entre 1955 e 1957 mais 55 mil judeus marroquinos e 15 mil tunisinos deixaram seus países de origem. A revolução na Hungria, em 1956 e a repressão comunista na Polónia geraram mais ondas migratórias: 8.682 judeus húngaros e outros milhares de polacos chegaram a Israel até o final da década.

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes:  Egipto, Jordânia e Síria, apoiados pelo, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. A Força Aérea israelita lançou um ataque preventivo e arrasador à Força Aérea Egípcia.
Segundo Menahem Begin: -  "em Junho de 1967, tivemos novamente uma alternativa. As concentrações do exército egípcio nas proximidades do Sinai não provam que Nasser estivesse realmente a ponto de nos atacar. Temos que ser honestos. Nós é que decidimos atacá-los." 
 Yitzhak Rabin, chefe do Estado Maior de Israel em 1967, declarou: 
 - "Não penso que Nasser buscasse uma guerra. As duas divisões que enviou ao Sinai não seriam suficientes para lançar uma guerra ofensiva. Ele sabia e nós o sabíamos também”. 
O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 45min da manhã do dia 5 de Junho de 1967, quando caças israelitas atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações.
 Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza, o sul da Síria, as Colinas de Golã e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém, e a Síria interveio no conflito depois de ser atacada.
No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs sua superioridade militar, ocupando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Colinas de Golâ, na Síria.
Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egipto, A Síria e Egipto estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.

(continua com as Consequências da Guerra dos Seis Dias)


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