sexta-feira, julho 12, 2013

Praia do Vau, junto a Portimão, onde passei as férias.


Regressámos

de 

Férias







Vejam só as coisas que aconteceram enquanto estive de férias e digam-me lá se podemos estar descansados em algum momento… Sempre é como vos disse: um dia, apenas um dia de cada vez, neste país conturbado e gerido por políticos que por muita cara séria que ponham quando nos falam pela TV não nos dão nenhuma garantia de seriedade no exercício das suas funções.

Tudo foi dito e comentado quando Victor Gaspar se demitiu com uma carta explicativa, num dia, logo seguido da demissão irrevogável de Paulo Portas, no outro, enquanto o Presidente da República, pateticamente, empossava Maria Luís, nova ministra das Finanças sem ter tido a coragem de suspender essa cerimónia perante a derrocada do governo com a saída intempestiva do líder do CDS, parceiro da coligação que o suportava.

A vingança, em Cavaco Silva, serve-se fria e a humilhação sofrida foi agora retribuída quando, no seu discurso de ontem, afasta completamente a hipótese de eleições antecipadas e de seguida nem sequer faz referência à proposta do 1º Ministro para a remodelação do governo surpreendendo tudo e todos com um pedido de entendimento entre os partidos que subscreveram o Acordo de Entendimento com a troika e formação de um governo ou de um entendimento ou seja lá o que for de Salvação Nacional e repete, de Salvação Nacional…

Estava devolvida a humilhação mesmo que à custa da confusão total dos cidadãos normais deste país que sabem perfeitamente, e ele, Presidente, também sabe, que neste momento e com estes líderes políticos não há forma nenhuma de entendimento.


Embora me custe muito dizer isto do Presidente do meu país, este homem tem o carácter de um provinciano sonso, dissimulado, mentiroso e vingativo que sempre pensou só em si e na sua imagem.

Se lhe juntarmos um Paulo Portas que sofre de profundo narcisismo: - «Toda a sua vida pública (e provavelmente a outra) é feita em permanente pose. Tem atitudes; Olhares longamente estudados; máscaras de sisudez de Estado; esgares trabalhadíssimos; soslaios de palco amador; sorrelfas; sorrisinhos desdenhosos; trejeitinhos manhosos; «boquinhas e olhinhos»; meneios de cabeça; artifícios retóricos como o de perguntar repetidamente «sabe que…?». Às vezes tenta o furor tribunício, mas a voz não lhe dá para tanto; experimenta a pose imperial, mas é pequenote mesmo para Napoleão. Ainda é um homem novo. Quando for mais velho lembrará uma deprimente figura de actor que aparece na «Roma» de Federico Fellini» -  no retrato exemplar que faz dele Mário de Carvalho.

Mais um Passos Coelho, complexado pelo poder que nunca justificou ter e aí está um quadro surrealista de políticos num momento, o mais difícil de todos da vida da nação, que tem na oposição ao governo esse outro político tão “altamente” estimulante como é o Tó Zé Seguro, líder do PS, o tal do sorriso de felicidade na noite em que o seu colega Sócrates perdia as eleições e ele se preparava para ascender no partido à custa das palmadinhas nas costas de todos os militantes de base que iriam agora encarregar-se de o levar às costas para a presidência sem que se lhe conhecesse qualquer acção, ideia ou rasgo.

Não são boas estas perspectivas, já não o eram e pioraram com a confusão lançada pelo Presidente por questões de “estado de alma”, como lhe chamou o Dr. Lobo Xavier, mas a que eu chamo “questões de vingança”. Então ele poderia permitir a ascensão de Paulo Portas a Vice-Primeiro-Ministro do Governo depois da “maldade” que lhe fez? – Só quem não o conhecesse poderia admitir tal hipótese…

Foram umas férias “atormentadas” mas ainda bem que as fiz: dias maravilhosos, sol, praia, areias, aguas e temperaturas 10 graus abaixo dos 40 e tal do resto país.

O Algarve, sem qualquer espécie de dúvida, pelo seu micro clima e restantes condições naturais é o melhor destino de férias de mar da Europa.

O país é bom, o resto nem tanto...

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