Praia do Vau, junto a Portimão, onde passei as férias. |
Regressámos
de
Férias
Vejam só as coisas que aconteceram enquanto estive de férias e digam-me lá se podemos estar descansados em algum momento… Sempre é como vos disse: um dia, apenas um dia de cada vez, neste país conturbado e gerido por políticos que por muita cara séria que ponham quando nos falam pela TV não nos dão nenhuma garantia de seriedade no exercício das suas funções.
Tudo foi dito e comentado quando Victor
Gaspar se demitiu com uma carta explicativa, num dia, logo seguido da demissão
irrevogável de Paulo Portas, no outro, enquanto o Presidente da República,
pateticamente, empossava Maria Luís, nova ministra das Finanças sem ter tido a
coragem de suspender essa cerimónia perante a derrocada do governo com a saída
intempestiva do líder do CDS, parceiro da coligação que o suportava.
A vingança, em Cavaco Silva ,
serve-se fria e a humilhação sofrida foi agora retribuída quando, no seu
discurso de ontem, afasta completamente a hipótese de eleições antecipadas e de seguida nem sequer faz referência à proposta do 1º Ministro para a remodelação do governo surpreendendo tudo e todos com um pedido de
entendimento entre os partidos que subscreveram o Acordo de Entendimento com a
troika e formação de um governo ou de um entendimento ou seja lá o que for de
Salvação Nacional e repete, de Salvação Nacional…
Estava devolvida a humilhação mesmo que
à custa da confusão total dos cidadãos normais deste país que sabem
perfeitamente, e ele, Presidente, também sabe, que neste momento e com estes
líderes políticos não há forma nenhuma de entendimento.
Embora me custe muito dizer isto do
Presidente do meu país, este homem tem o carácter de um provinciano sonso,
dissimulado, mentiroso e vingativo que sempre pensou só em si e na sua imagem.
Se lhe juntarmos um Paulo Portas que sofre de profundo
narcisismo: - «Toda a sua vida pública (e provavelmente a outra) é feita em
permanente pose. Tem atitudes; Olhares longamente estudados; máscaras de
sisudez de Estado; esgares trabalhadíssimos; soslaios de palco amador; sorrelfas; sorrisinhos desdenhosos; trejeitinhos manhosos; «boqui nhas e olhinhos»; meneios de cabeça; artifícios
retóricos como o de perguntar repetidamente «sabe que…?». Às vezes tenta o
furor tribunício, mas a voz não lhe dá para tanto; experimenta a pose imperial,
mas é pequenote mesmo para Napoleão. Ainda é um homem novo. Quando for mais
velho lembrará uma deprimente figura de actor que aparece na «Roma» de Federico
Fellini» - no retrato exemplar que
faz dele Mário de Carvalho.
Mais um Passos Coelho, complexado pelo poder que nunca
justificou ter e aí está um quadro surrealista de políticos num momento, o mais
difícil de todos da vida da nação, que tem na oposição ao governo esse outro
político tão “altamente” estimulante como é o Tó Zé Seguro, líder do PS, o tal
do sorriso de felicidade na noite em que o seu colega Sócrates perdia as eleições
e ele se preparava para ascender no partido à custa das palmadinhas nas costas de
todos os militantes de base que iriam agora encarregar-se de o levar às costas
para a presidência sem que se lhe conhecesse qualquer acção, ideia ou rasgo.
Não são boas estas perspectivas, já não o eram e
pioraram com a confusão lançada pelo Presidente por questões de “estado de alma”,
como lhe chamou o Dr. Lobo Xavier, mas a que eu chamo “questões de vingança”. Então
ele poderia permitir a ascensão de Paulo Portas a Vice-Primeiro-Ministro do
Governo depois da “maldade” que lhe fez? – Só quem não o conhecesse poderia
admitir tal hipótese…
Foram umas férias “atormentadas” mas ainda bem que as
fiz: dias maravilhosos, sol, praia, areias, aguas e temperaturas 10 graus
abaixo dos 40 e tal do resto país.
O Algarve, sem qualquer espécie de dúvida, pelo seu
micro clima e restantes condições naturais é o melhor destino de férias de mar da Europa.
O país é bom, o resto nem tanto...
O país é bom, o resto nem tanto...
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