quarta-feira, novembro 20, 2013

Este é sorriso da minha neta, Matilde (10 meses), o genuíno.
A Primeira

Gargalhada

(continua 2)




A conversa normal é muitas vezes acompanhada pelo riso que o falante usa para sublinhar uma observação e o ouvinte para indicar apreço.

Este tipo de riso está bem integrado na conversa ao contrário do mais “genuíno” do riso Duchenne, que pode levar até uma paragem da conversa por falta de fôlego ou dificuldade de respiração. Além de lubrificar a conversa normal, o riso não Duchenne é usado para distender situações tensas (riso nervoso), para fazer os outros sentirem-se pouco à vontade (riso malévolo) e para outros fins estratégicos.

Os estudos neuro-biológicos mostram que o riso Duchenne activa antigas zonas do cérebro que têm a ver com as brincadeiras e com as emoções positivas em todos os primatas e, na realidade, na maioria dos mamíferos.

Só o riso não Duchenne activa zonas do cérebro associadas com as nossas capacidades cognitivas avançadas. Estes factos sugerem que o riso Duchenne se desenvolveu numa fase muito precoce da evolução dos hominídeos, antes de termos capacidades cognitivas avançadas.

Já presente no reportório comportamental pré-humano, o riso Duchenne pôde ser integrado ser integrado com funções cognitivas mais elevadas como a linguagem e o pensamento simbólico à medida que estes evoluíam, dando origem às muitas funções do riso não Duchenne.

Em termos simples podemos dizer que, antes de falarem ou até de pensarem em termos humanos, os nossos antepassados provavelmente já se riam.

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