segunda-feira, fevereiro 17, 2014

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Ópio do povo. Assim lhe chamavam no tempo da ditadura e continuam a chamar no tempo da democracia. Poucos os que se apaixonam por uma bola pelo prazer de a jogar, com os pés, a cabeça ou as mãos. A grande ligação é aos clubes a que chamamos nossos. Eles representam, no nosso subconsciente, a tribo a que um dia pertencemos e sem a qual a nossa vida sequer era possível. Recriamos essa estreita ligação porque ela representou para nós uma questão de vida ou de morte. A tribo era tudo e assim foi durante milénios. Quando era sócio do Sporting e me sentava no meu lugar na bancada de sócios, as pessoas que me rodeavam eram os meus companheiros de tribo e eu sentia nas minhas entranhas essa afinidade.
Nunca um passado remoto se fez representar tão bem nos dias de hoje... e viva o Sporting, quer jogue bem ou mal porque, de qualquer maneira, eu não o posso renegar. Ao longo da vida podemos mudar de mulher, de religião, nunca de clube.


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