terça-feira, fevereiro 25, 2014

Políticos felizes e contentes...
PARTIDOS

- GRUPOS

ALARGADOS

DE AMIGOS







Se houvesse alguma dúvida sobre o “amiguismo” que prolifera nos partidos, Passos Coelho desfê-la agora completamente. O seu grande amigo Relvas, que anos atrás o catapultou para líder do partido e futuro 1º Ministro de Portugal, foi agora repescado, - ele estava no Brasil a tratar da "vidinha" gerindo duas empresas de negócios com Angola e Moçambique – para primeiro da sua Lista para a Comissão Política do PSD.

Claro que isso fê-lo perder votos mas que importância isso tem? Importante, mesmo, é o sinal que sai dessa decisão: “os favores pagam-se e a lealdade e o apoio serão sempre recompensados, custe o que custar”. 

Mas não sejamos completamente ingénuos, não terá sido apenas uma questão de gratidão... As eleições para o Parlamento europeu estão já aí e do resultado delas pode surgir um bom impulso para as legislativas ou, pelo contrário, um esvaziar de esperanças.

É aqui que entra o amigo Relvas, perito em conhecimentos, influências, redes de interesses tudo o que, bem trabalhado, pode conduzir aos votos.

O Dr. Relvas, assim o tratou o pequeno imperador Marco António, talvez porque, à última da hora, talvez tenha tirado algum curso superior no Brasil, foi o escárnio do governo e do país mas na qualidade dupla de grande intriguista e oportunista, tem sempre lugar garantido no seio do poder... para nossa vergonha e de muitos políticos dentro do PSD.

A vida interna dos partidos está assim exposta e revelada aos cidadãos eleitores que são obrigados a votar nos clubes de amigos em que se transformaram os partidos neste país.

Ninguém verdadeiramente sério e credível se sujeita a passar por este crivo de jovens “turcos” para desempenhar cargos de responsabilidade na vida político – partidária que o mesmo é dizer na nossa democracia.


Os dois partidos do arco da governação, como lhes chamam, são isto: clubes de amigos e de compadres, de compadres mais o PS, com abraços e pastéis de bacalhau por parte desse grande político que é Seguro.

A democracia perdeu todo o seu valor, tornou-se, até, verdadeiramente perigosa porque estes jovens, muitos deles, saltaram da política para os negócios e tomaram conta do país, apossaram-se dele.

O povo está apático, amedrontado, grande parte dele depende desta gente na qualidade de funcionários públicos, aposentados e subsidiados. Muitos são velhos ou estão envelhecidos pela falta de esperança, reduzidos à caridade da família ou das Misericórdias porque isto de emigrar não é para todos...

Acredito que no amanhã haverá outro Portugal porque este povo sofre mas sobrevive como nenhum outro. Nem há que estranhar qualquer falta de solidariedade da Europa já que, apesar de tudo, ela ainda nos ajudou mais do que alguma vez esperávamos.

 Pena foi que se dissipou quase tudo em auto-estradas, rotundas e pelos bolsos dos que se souberam aproveitar e hoje vivem ricos, cada vez mais ricos...

Assim vão os nossos políticos, felizes e contentes como se pode ver na fotografia junta...


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