O da parábola era ingénuo... Este, é estúpido... |
No Tempo
Em Que
Falavam...
Não, não é uma parábola de
Começava assim, e cito de memória: “Eme
negateletele kolombolo dia sangi...” o que, traduzido para português
significava: “Eu costumava contar repetidas vezes a história de um galo
acasalado com uma galinha...”
Pois bem, nesse tempo em que os animais
falavam as raposas não atacavam os galos até ao dia em que...
Uma
raposa encontrou - se com um galo e meteram conversa. Palavra puxa palavra e a
raposa foi conduzindo o assunto ao seu jeito, conqui stando
a confiança e o à vontade do galo que, descontraído, estava já disposto a todas
as confidências deste mundo...
E a raposa “atacou”:
-
Diz-me lá, amigo galo, que arma é essa que vocês têm aí na cabeça?
(A raposa sempre tivera medo da crista dos
galos, vermelha, serrilhada, lá bem no alto da cabeça com todo o aspecto de
arma secreta para, nos momentos decisivos, aniqui lar
os inimigos. Por isso, as raposas nunca tinham atacado os galos).
O galo, ufano, envaidecido pela
curiosidade que a sua crista despertara na raposa, respondeu displicentemente:
-
Não é arma nenhuma. Isto são carnes somente... - xixitu ngó - ... e a raposa
comeu o galo.
Como se lembram, as parábolas escondiam
ensinamentos, por vezes preciosos, daqueles que podem salvar vidas e se o galo
conhecesse a moral desta parábola o que, evidentemente, era impossível senão a
parábola do galo e da raposa não teria existido, talvez se tivesse salvo.
Moral da parábola:
Nunca devemos contar aos amigos as
nossas fraquezas porque esses amigos poderão um dia ser nossos inimigos e aproveitar-se-ão
do conhecimento que lhes revelámos sobre as nossas fraquezas para nos atacarem.
Pela vida fora apercebi-me do valor
deste ensinamento que me chegou através da parábola do galo e da raposa:
- ”Eme ngateletele kolombolo dia sangi...”
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home