terça-feira, abril 08, 2014

Bodas de Diamante do meu casamento com a vida.
75 Anos de Idade














A actriz Mae West, ícone do cinema americano, falecida em 1980, com 87 anos, costumava dizer que a velhice não é para "mariquinhas" e quem acredita que ela traz sabedoria e serenidade desengane-se, o que ela traz é mais velhice...

Hoje, 8 de Abril, faço 75 anos e falo neles porque escrevendo diariamente há vários anos no Memórias Futuras, este transformou-se no meu Diário com direito a confidências pessoais.

O dia dos anos não é uma confidência pessoal mas é a primeira vez que o relaciono com a velhice e aí já começamos a entrar nas confidências.

Velhos, para mim, foram sempre os outros, os de cabeleira branca, carecas, curvados, caras cheias de rugas, de que eu me recordo muito bem de quando era jovem lá na aldeia dos meus avós a jogarem à sueca na taberna do Zé Palmeiro. Agora, como já morreram todos, deixou de haver velhos...

Os velhos, os verdadeiramente velhos, eram esses, os da minha juventude que não iam à piscina, nem ao ginásio, nem andar no tapete ou fazer massagens, esses sim, é que eram velhos.

Para o meu tempo, sobraram os seniores, para a CP os maiores de 65 anos com direito a desconto no bilhete do comboio e os “rapazes da minha idade”, todos bem conservados, onde incluo os meus colegas de Curso com quem almoço todos os meses e os que fizeram a guerra comigo.

Não, para mim não existem velhos e sabem porquê? – Porque sou mariquinhas e como disse Mae West a velhice não é para "mariquinhas"...

Para os meus amigos que me acompanham, uns diariamente ou quase, outros raramente e por acidente, um pouco por esse mundo fora e que também vão fazendo anos não aceitem a velhice, façam como eu... sejam "mariquinhas".

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