Helmut Kolt, Ex-Chanceler alemão |
Helmut
Kolt
Kolt
Helmut Kolt sabe do que fala. Ele tem, com os seus 84 anos, uma experiência histórica vivida de duas Grandes Guerras Mundiais no seu país, na europa e no mundo que em 31 anos, entre 1914 e 1945, provocaram o maior cataclismo humano já acontecido em toda a vida da humanidade.
Como político e alemão, essas guerras
estão-lhe especialmente gravadas. Hoje, retirado desde 2002, ele que foi um dos
grandes líderes da Europa, ex-chanceler da Alemanha, grande responsável pela
unificação do seu país, sabe bem o que diz quando afirma que a questão
verdadeiramente importante na Europa é a paz. Foi este o grande problema que a
União Política Europeia pretendeu acautelar.
Bem vivas na sua memória estão, com certeza,
as ruínas de uma europa destruída, de sobreviventes deambulando por entre os
destroços de edifícios do que tinham sido cidades povoadas de pessoas vivendo
normalmente as suas vidas, e estas memórias pesam necessariamente quando ele
afirma que a paz é a principal questão da Europa.
A crise actual com os sacrifícios que
implicam ao nível dos jovens e dos desempregados, especialmente destes, são uma
tentação para os políticos populistas tentarem arrebatar os descontentes com
propostas nacionalistas, racistas, contra a moeda única, contra a livre
circulação dos trabalhadores, contra a solidariedade entre os povos europeus e talvez algum desses políticos nestas próximas eleições ainda pregue um susto à Europa.
É verdade, que essas queixas existem, são
reais e deixam hoje os meus compatriotas num grande estado de desânimo,
tristeza, medrosos pelo futuro, descorçoados com os seus políticos sem
carisma, por vezes sem senso, sem credibilidade, sem currículum, que lhes mentem consecutivamente mas, mesmo
assim... ainda é da Europa que eles esperam alguma coisa.
Na Alemanha, o partido da Alternativa, o
único que defende a dissolução ordenada da moeda única europeia, não conseguiu
mais de 5% dos votos.
Podemos dizer que os alemães impõem o
euro, no fundo é o seu antigo marco e não admira pois que o defendam mas todos
os restantes países europeus, - vamos ver a França com a Srª Le Pen - esmagadoramente preferem manter-se nele, talvez
por medo do regresso às suas antigas moedas mas, principalmente, por uma questão
lógica: o euro. é “duro”, "forte", “castiga-nos" nas importações, mas também nos "defende" nas exportações e dá-nos prestígio como cidadãos por esse mundo fora.
Por isso, também entre nós, a
percentagem dos que querem sair do euro não passará de uns 10% e muitos destes
referem-se a saídas negociadas que ninguém sabe bem o que seria e como seria.
Quebre-se esta União Política na Europa e rapidamente os países estarão à “bofetada” uns aos outros... A solução
nunca poderá ser essa.
Democraticamente eleitos os representantes dos países que compõem este importante espaço político têm que melhorar o seu funcionamento, as suas estruturas, as suas políticas comuns, aprofundá-las, a União Fiscal e Bancária, etc... e o resto com tempo e trabalho aparecerá.
Os países europeus esperam mais da sua União Política...
Democraticamente eleitos os representantes dos países que compõem este importante espaço político têm que melhorar o seu funcionamento, as suas estruturas, as suas políticas comuns, aprofundá-las, a União Fiscal e Bancária, etc... e o resto com tempo e trabalho aparecerá.
Os países europeus esperam mais da sua União Política...
Sou português, esta é a minha terra, pela qual, por políticas erradas de um velho ditador de ceroulas, ia morrendo lá nas
guerras em África, e é aqui que
viverei o resto dos meus dias mas, se tivesse que partir, seria para um outro
país da minha Europa...
Vá às urnas e vote para o Parlamento Europeu.
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