quarta-feira, junho 25, 2014

A Disputa

dos 

Antónios









Reconheço que sou “suspeito” dada a minha natural simpatia por António Costa no lugar da antipatia que nutro por António José Seguro e como não conheço pessoalmente nem um nem outro, tenho de admitir que estes sentimentos têm a ver com a ideia que ao longo dos anos cada um deles foi desenvolvendo dentro de mim.

A Srª. Dª. Matilde, dona da livraria onde diariamente compro o jornal é fã de António José Seguro que numa deslocação a Santarém a presenteou com dois beijinhos e um daqueles enormes sorrisos de anúncio à Pepsodente...

Ouvi ontem na SIC a entrevista a António Costa que foi uma lufada de ar fresco pela serenidade, senso político e inteligência. Como reconhece Baptista – Bastos, aquilo é político de outra fornada, de outra marca.

Falta a António José Seguro o que é notório em António Costa, estofo de estadista, ética republicana que faz dele, desde sempre, um cidadão inabalável comparado com o político de “pacotilha”, o “almofadinha” como alguém já disse e escreveu.

O país está farto de líderes como Passos Coelho, Seguro, Relvas, Brilhantes e Marcos Antónios. É uma má colheita fermentada nas Associações de Estudantes onde os mais calinas, espertalhucos, chegaram a líderes e agora, no poder, aplicam os truques que tão bem resultaram para a sua ascensão.

São totós iluminados, pirralhos que chegaram a líderes das jotas, como lhes chama o autor do Jumento, porque como não estudavam sobrava-lhes tempo para os esquemas da baixa política.

Haja em vista os truques manhosos aplicados por Seguro para fugir ao escrutínio escondendo-se atrás dos Estatutos que ele próprio blindou e agora, com toda a desfaçatez, inventando umas primárias lá para as calengas gregas, acusa Costa de ser o responsável pelo alongar do prazo de demora da resolução do diferendo.

Estes políticos que fazem dos cidadãos lerdos já enfastiam. Seguro sempre pretendeu impressionar com trejeitos de actor de teatro secundário mas só consegue chegar aos espectadores do 2º Balcão, senão mesmo da “pildra”, por aquilo que se viu naquela manifestação encenada de apoio popular a António José Seguro, no norte, em Ermesinde.

Os portugueses têm razões para descrerem na política e nos políticos, nestes políticos, e, se num futuro breve, nos estiver reservado um governo da dupla Passos/Seguro então ficamos mesmo entregues à “macacada” .

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